Os Estados Unidos e Cuba concordaram em abrir suas embaixadas nas duas capitais no dia 20 de julho, um passo importante para restaurar os laços depois de mais de 50 anos de hostilidades, de acordo com autoridades de Havana.
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EUA e Cuba chegam a acordo sobre reabertura de embaixadasEUA criticam violações de direitos humanos em Cuba e Irã, apesar de aproximaçãoCuba abrirá 35 zonas wifi e reduzirá tarifa de acesso à internetRádio dos EUA transmite programa de Cuba pela primeira vez em meio séculoO presidente dos Estados Unidos anunciou formalmente o restabelecimento das relações diplomáticas plenas com Cuba, e pediu ao Congresso americano que coloque um ponto final no embargo em vigor contra a ilha.
Em um discurso na Casa Branca, Obama disse que se tratava de um passo histórico na relação entre os dois países e informou que o secretário de Estado, John Kerry, viajará a Havana neste verão (do hemisfério norte) para hastear a bandeira americana na nova embaixada. Reaproximação reata laços interrompidos há 54 anos, o que constitui um dos gestos mais importantes de seu mandato em política externa.
Em uma carta a Obama divulgada pela televisão cubana, Castro confirmou que tomou a decisão de restabelecer relações diplomáticas com Washington. Raúl escreveu em sua carta, entregue no Departamento de Estado em Washington, "que a República de Cuba decidiu restabelecer relações diplomáticas com os Estados Unidos da América e abrir missões diplomáticas permanentes em nossos respectivos países, no dia 20 de julho de 2015", disse a televisão cubana.
Este anúncio era esperado desde que Washington retirou no fim de maio Havana da lista negra dos Estados que apoiam o terrorismo. Obama e Raúl Castro anunciaram em 17 de dezembro um histórico processo de aproximação, que foi saudado pelo mundo inteiro, e que coloca fim ao último resquício da Guerra Fria na América.