Sindicatos e associações convocaram greves para coincidir com a votação da quarta-feira no Parlamento. Os mais à esquerda no partido governista Syriza, do primeiro-ministro Alexis Tsipras, estão abertamente revoltados.
O ministro da Energia, Panagiotis Lafazanis, disse que a Alemanha e seus aliados são como "assassinos financeiros", ao forçar Atenas a aceitar um acordo, pedindo que Tsipras o rejeite. "O acordo é inaceitável", afirmou o ministro em comunicado. Segundo ele, as medidas podem passar no Parlamento, mas o povo nunca as aceitará e lutará contra elas.
O ministro da Defesa, Panos Kammenos, também criticou duramente o novo acordo. "Houve um golpe. Um golpe no coração da Europa", afirmou Kammenos, que comanda o direitista Gregos Independentes, parceiro de coalizão do Syriza. "Eles querem que o governo caia e então substituí-lo por outro, não eleito pelo povo grego."
O governo mantém 162 das 300 cadeiras do Parlamento.