As eleições estão marcadas para daqui a três meses e, segundo Passos Coelho, o país não pode repetir a crise financeira de 2011, quando o país quebrou e precisou de um resgate de 78 bilhões de euros, depois de seis anos com o Partido Socialista no poder.
"Está nas mãos do povo português a escolha entre uma mudança duradoura ou o risco que outro caminho pode trazer", disse, em entrevista a uma emissora de televisão local. Muitos analistas veem Portugal como o membro mais frágil dos 19 membros da zona do euro, depois da Grécia.
O mercados financeiro, no entanto, tem recuperado a sua confiança na economia portuguesa. Depois de investidores virarem as costas para Portugal há quatro anos, o país, agora, não tem mais dificuldade para obter empréstimos no mercado aberto. Nos últimos meses, a crise grega se aprofundou, o que levou os dois partidos da coalizão governista a empatarem com o Partido Socialistas nas pesquisas de intenção de voto. No ano passado, os socialistas lideravam com folga.
A imagem do governo é mais vulnerável ao desemprego, que está em 13%. Isso não inclui os cerca de 400 mil portugueses que saíram do país para procurar emprego nos últimos anos.