"Nossa relação com o governo 'arrogante' dos Estados Unidos não mudará em nada", disse Khamenei em uma declaração transmitida ao vivo pelo canal estatal iraniano.
Khamenei, que discursou para marcar o fim do Ramadã, afirmou que o Irã continuará a apoiar seus aliados no Oriente Médio, incluindo o grupo Hezbollah e o governo Sírio. O líder supremo também disse que continuará pedindo a destruição de Israel, que descreveu como um "governo terrorista, assassino de bebês".
O Aiatolá declarou que um acordo mais amplo com os EUA é improvável, destoando da posição moderada do presidente do país, Hassan Rouhani, que havia dito que o acordo nuclear poderia "passo a passo, remover tijolos do muro da desconfiança", entre o Irã e os Estados Unidos.
Por outro lado, o Aiatolá também elogiou os diplomatas iranianos que firmaram o acordo, o que indica que Khamenei não deve interferir na decisão final sobre o acordo, que será realizada nos próximos dias pelo Parlamento iraniano e pelo Supremo Conselho Nacional de Segurança, maior autoridade em segurança no país.
O analista de política iraniana, Davoud Hermidas Bavand, afirmou que os comentários de Khamenei foram destinados principalmente para o público nacional.
"O líder tinha o objetivo de acalmar os ânimos dos iranianos mais conservadores que estão preocupados com a reaproximação com os Estados Unidos", disse Bavand, professor de Direito Internacional da Universidade de Teerã. "O acordo aumentou a popularidade de Rouhani e Khamenei quer criar um balanço e aumentar a moral dos conservadores descontentes", comentou. Fonte: Associated Press..