A Rússia vetou no Conselho de Segurança, nesta quarta-feira, uma resolução para criar um tribunal especial para julgar os responsáveis pela queda do voo MH17 sobre o leste da Ucrânia, em julho de 2014, que provocou a morte de 298 pessoas.
Onze dos 15 membros do Conselho de Segurança votaram a favor do texto, redigido por Austrália, Bélgica, Malásia, Holanda e Ucrânia. A Rússia vetou, enquanto Angola, China e Venezuela se abstiveram.
A sessão do Conselho de Segurança começou com um momento de silêncio em homenagem às vítimas.
"Sobre quais fundamentos se pode assegurar que a investigação será imparcial?", questionou o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, em discurso no Conselho após a votação.
Churkin perguntou ainda como esse tribunal poderia resistir a um "agressivo fundo de propaganda na mídia".
A Rússia elaborou um projeto alternativo de resolução que não inclui um tribunal, mas que pede uma investigação internacional completa.
Antes, o ministro malaio dos Transportes, Liow Tiong, fez um apelo aos membros do Conselho para que adotassem a resolução, afirmando que um tribunal de Justiça seria o mais adequado.
"Todas as pessoas que viajam de avião estarão mais expostas a riscos, se os autores não prestarem contas", alegou.
O voo MH17 foi derrubado em 2014 por rebeldes do leste da Ucrânia durante um confronto entre as Forças Armadas de Kiev e os separatistas pró-russos.
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