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Estado de Minas

Ansiedade toma conta de parentes das vítimas do voo da Malaysia Airlines


postado em 30/07/2015 11:46

Familiares das vítimas do Boeing 777 da Malaysia Airlines desaparecido em 2014 se questionavam nesta quinta-feira, tomados pela emoção e ansiedade, se os destroços de uma aeronave encontrada na Ilha Reunião pertencem ao avião e se, por fim, o mistério da tragédia será respondido.

A aeronave desapareceu no dia 8 de março de 2014, uma hora após a decolagem de Kuala Lumpur com destino a Pequim, com 239 pessoas a bordo, sem deixar nenhum rastro.

A descoberta na quarta-feira em uma costa do oceano Índico, em Saint-André, na ilha francesa de Reunião, de restos procedentes ao que parece de um avião do mesmo tipo, reativou a esperança entre os parentes das vítimas, depois de vários alarmes falsos desde o desaparecimento.

Também foram descobertos restos que teoricamente seriam de uma mala de viagem.

Sara Weeks, irmã do passageiro neozelandês Paul Weeks a bordo da aeronave, contou que não se sentiu bem quando soube das primeiras notícias na televisão.

"Não há um dia sequer em que não pense (no que aconteceu). Por um lado tenho esperança, e por outro não. Acredito que enquanto não se sabe, se espera", disse.

"Precisamos saber o que aconteceu. Se ficar confirmado que se trata de uma parte do avião, poderemos ao menos passar para a próxima etapa, que se parece bastante com a anterior - o que aconteceu, onde estão os restos do avião e onde está meu irmão", acrescentou Sara Weeks.

O malaio G. Subramanian contou à AFP que ficava com o coração partido a cada vez que amigos ou familiares falavam de seu filho S. Puspanathan, que estava no avião.

Recomeçou tudo

"Espero que seja confirmado que se trata do MH370. Quero terminar com este mistério. Mas ainda esperamos que Puspanthan esteja vivo", confessou.

Muitos parentes dos passageiros criticaram a companhia Malaysia Airlines pela gestão da catástrofe e alguns colocaram em xeque as informações que chegam de Reunião.

A maioria dos passageiros do Boeing que decolou com destino a Pequim eram chineses.

"Não queremos voltar a ouvir algumas autoridades dizerem que estão 99% certas. O que queremos é uma confirmação de 100%", declararam familiares das vítimas chinesas em uma mensagem comum através do serviço de mensagens Wechat.

"Há muitos países que buscam o avião, mas nenhum encontrou a aeronave ou os destroços, então por que teriam encontrado agora de repente os restos? Todos nós, familiares das vítimas, não acreditamos", declarou Hong Xiufang, cujo filho, nora e neta viajavam no avião.

A malaia Jacquita Gonzales, esposa do chefe de cabine Patrick Gomes, disse que a notícia de Reunião abalou seus sentimentos.

"Tudo recomeçou, olhar constantemente o telefone celular à espera de notícias. Tento simplesmente pensar em outra coisa e esperar que as autoridades competentes me informem ao menos do que acontece. Estamos novamente à espera, como antes", disse.


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