Um homem danificou os milenares geoglifos conhecidos como Linhas de Nazca, no sul do Peru, ao escrever seu nome em cima - confirmaram as autoridades nesta sexta-feira, em um novo fato que atenta contra este patrimônio da humanidade.
O dano foi constatado quando um canal de televisão divulgou imagens do geoglifo do pelicano, sobre o deserto sul do país, que levava na parte superior a frase "Desenhista Luis Tadeo", escrita na terra. A foto foi feita por um turista a partir de um avião e compartilhada com o canal de televisão a cabo peruano Canal N.
"Não é um dano recente (...) Estimamos que deve ser de um ano e meio atrás. Esse homem já foi denunciado e gravou seu nome em outros locais da zona", disse à televisão Johny Isla, representante do projeto Gestión Nasca, do Ministério da Cultura peruano.
O funcionário explicou que o responsável pelos danos é um homem identificado como Luis Tadeo Cruz, que supostamente sofre de uma doença terminal e "grava seu nome para que as pessoas se lembrem dele". Isla detalhou que a primeira denúncia contra ele ocorreu há seis anos.
O novo dano lembrou o caso recente contra o Greenpeace, que protagonizou um dos maiores atentados contra o patrimônio cultural peruano: a entrada ilegal de 12 ativistas em uma área de 40m2 onde está o geoglifo do colibri, onde colocaram 45 telas amarelas com a mensagem: "Time for Change! The future is renewable, Greenpeace" (Tempo de mudança! O futuro é renovável).
Ocorreu durante a Conferência da ONU sobre o clima, que foi realizada em Lima em dezembro de 2014.
As linhas de Nazca são geoglifos de mais de 2.000 anos com figuras geométricas e de animais, que só podem ser vistas de cima. Seu real significado é um enigma: alguns pesquisadores as consideram um observatório astronômico, outros um calendário.
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