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Estado de Minas

Grécia vai às urnas com mais austeridade no horizonte


postado em 20/09/2015 08:16

Os gregos comparecem às urnas neste domingo para definir o futuro do país entre o esquerdista Alexis Tsipras, que pediu um voto "por um governo combativo", e o conservador Evangelos Meimarakis, que pediu uma "mudança" para acabar com o "experimento" do partido Syriza.

Tsipras votou no bairro de Atenas de Kypseli e fez um apelo aos indecisos.

"O povo grego tomará o futuro em suas mãos e vai selar a transição para uma nova era", disse o ex-primeiro-ministro.

Tsipras disse que confia na vitória, apesar das pesquisas apontarem um cenário muito acirrado.

O líder conservador Evangelos Meimarakis também votou cedo, no bairro residencial de Maroussi.

Ele fez um apelo ao voto feminino e citou "a mulher, a mãe, a avó, a agricultora, a trabalhadora, a desempregada", antes de pedir uma votação que permita "restaurar a confiança" no país.

Ao mesmo tempo, o líder do Pasok (Partido Socialista), Fofi Gennimata, distante do Syriza e do Nova Democracia nas pesquisas, afirmou que votar em seu partido seria a "garantia" de uma cooperação governamental.

Os dois principais candidatos se comprometeram a cumprir com os ajustes de um novo e exigente plano de resgate internacional.

Com Syriza e Nova Democracia longe da maioria absoluta, Meimarakis fez um apelo durante a campanha para que Tsipras aceitasse um grande governo de coalizão, o que foi rejeitado pelo esquerdista.

Tanto Tsipras como Meimarakis se comprometeram a cumprir com os ajustes fiscais, as privatizações e as reformas estabelecidas no acordo de resgate com os credores internacionais, UE e FMI, que deve chegar a 86 bilhões de euros ao longo de três anos.

Depois de chegar ao poder em 25 de janeiro com a promessa de acabar com as políticas de austeridade aplicadas na Grécia desde 2010, e da vitória esmagadora do "Não" às condições impostas pelos credores no referendo de 5 de julho, Tsipras terminou por aceitar o resgate no dia 13 de julho em Bruxelas.

Ele afirmou à população que não tinha outra opção, ante o risco real de uma saída do país da zona do euro e a pressão do fechamento dos bancos, como parte dos controles de capitais instaurados para evitar uma tragédia.

A mudança daquele que conquistou o poder se apresentando como uma alternativa europeia ao dogma da austeridade custou uma forte dissidência dentro de seu próprio partido, que agora luta para sair da "prisão" do euro, nas palavras de Costas Isijos, porta-voz do partido Unidade Popular.


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