O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira que a derrota do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria só será possível com a saída do presidente Bashar al-Assad do poder.
"Na Síria, derrotar o EI requer um novo líder", afirmou Obama para uma centena de líderes mundiais reunidos na Cúpula antiterrorista, realizada à margem da Assembleia Geral da ONU em Nova York.
"Nossos esforços militares não serão suficientes", advertiu Obama, insistindo na necessidade de se atacar as condições que "permitiram que o EI criasse raízes" neste país, entre as quais a guerra civil, os conflitos religiosos e a má administração.
"Vai ser um processo complexo", avaliou o presidente, reafirmando que está disposto a trabalhar com "todos os países", incluindo Rússia e Irã, aliados do regime de Bashar al-Assad.
Precisamente o destino do líder sírio é o ponto-chave da disputa entre Washington e os aliados de Assad.
O secretário americano de Estado, John Kerry, disse nesta terça-feira que Washington poderá cooperar na Síria caso Assad deixe de empregar barris com explosivos contra civis.
Kerry discutiu o tema com funcionários iranianos e com seu homólogo russo, Serguei Lavrov, durante a Assembleia Geral da ONU.
"Ambos estão em um lugar de onde podem decidir impedir Assad de lançar bombas, em troca talvez de algo que possamos fazer", disse Kerry.
Na segunda-feira, Obama disse que "os Estados Unidos estão preparados para trabalhar com qualquer país, incluindo Rússia e Irã, para resolver o conflito" na Síria, mas estabeleceu uma linha vermelha, denunciando nações que apoiam "tiranos" como Al-Assad.
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