O presidente russo Vladimir Putin defendeu nesta quarta-feira os primeiros bombardeios de seu país na Síria, afirmando que se deve atuar de forma preventiva contra os jihadistas, antes que se transformem numa ameaça mais próxima.
"A única forma apropriada de combater o terrorismo internacional (...) é atuando de forma preventiva, combatendo e destruindo os combatentes e os terroristas nos territórios que conquistaram, e não esperando que cheguem até nós", afirmou Putin à televisão local.
As forças russas posicionadas na Síria em apoio ao presidente Bashar al Assad realizaram nesta quarta-feira seu primeiro bombardeio perto da cidade de Homs, em parte controlada pelos rebeldes, informou um funcionário do departamento de Defesa americano.
"Eles nos avisaram que começariam a atacar na Síria", indicou o funcionário. "Foi perto de Homs".
A Síria confirmou nesta quarta-feira que o presidente Assad solicitou a seu colega russo uma ajuda militar para "lutar contra o terrorismo".
"As forças aéreas russas foram enviadas à Síria após um pedido do Estado sírio mediante uma carta de Al-Assad", afirma um comunicado da presidência.
O pedido é parte "da iniciativa do presidente Putin para lutar contra o terrorismo", completa a nota.
Na manhã desta quarta, o Conselho da Federação (Câmara Alta do Parlamento da Rússia) autorizou Putin a determinar bombardeios aéreos na Síria para apoiar as Força Armadas sírias.
Mais cedo, Serguei Ivanov, chefe de gabinete da presidência russa, havia anunciado que o presidente sírio solicitara oficialmente uma ajuda militar no combate contra o Estado Islâmico (EI).
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