A Rússia realizou nesta quarta-feira os primeiros ataques aéreos contra o grupo extremista Estado Islâmico na Síria. Os ataques aéreos alvejaram posições, veículos e armazéns que a Rússia acredita pertencer aos militantes do grupo terrorista, disse o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov, de acordo com agências russas de notícias.
"Nós não vamos mergulhar de frente neste conflito. Vamos ajudar o exército de Assad enquanto a sua ofensiva durar", disse Putin, acrescentando que espera também que Assad converse com a oposição sobre uma solução política para a Síria.
O presidente russo disse que a Rússia iria apoiar o exército sírio com ataques aéreos e que não iria lançar operações terrestres durante a ofensiva. Segundo Putin, a liderança síria pediu para que a Rússia ajudasse Damasco na luta contra os terroristas.
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EUA se comunicará com Rússia antes de lançar ataques na SíriaParlamento russo autoriza Putin a usar a força militar no exteriorObama e Putin concordam em solução política para a Síria, mas discordam sobre AssadRússia considera "infundadas" dúvidas de outros países sobre bombardeios na SíriaA Câmara alta do Parlamento russo aprovou nesta quarta-feira, por unanimidade, o pedido do presidente Vladimir Putin para iniciar as operações militares na Síria, onde a Rússia tem implantado caças e outras armas nas últimas semanas. O presidente sírio, Bashar al-Assad, é um aliado-chave de Moscou.
De acordo com a Constituição russa, o presidente tem que solicitar a aprovação parlamentar para qualquer uso de tropas russas no exterior. A última vez que ele fez isso foi antes da Rússia anexar a Península da Criméia da Ucrânia em março de 2014. O grupo Estado Islâmico já capturou grande parte da Síria e do Iraque.
Alvo errado?
Um alto funcionário do governo dos Estados Unidos disse que os ataques aéreos feitos pela Rússia na Síria aparentemente não atingiram posições do Estado Islâmico, mas sim grupos de oposição ao presidente Bashar Assad.
O oficial disse que os militantes do EI não estão localizados no oeste do país, próximo a Homs, onde os ataques russos ocorreram.
Só contra o EI
Os Estados Unidos não se opõem a ataques aéreos russos na Síria se eles tiverem como alvo o grupo Estado Islâmico, mas Bashar al-Assad deve deixar o cargo, declarou nesta quarta-feira o secretário de Estado americano, John Kerry. Kerry discursava no Conselho de Segurança da ONU horas após jatos russos atacarem alvos na Síria, aparentemente em apoio à batalha de Assad para permanecer no poder em Damasco.
"Se as ações recentes da Rússia e aquelas agora em andamento refletirem um compromisso genuíno para derrotar esta organização (EI), então estamos preparados para acolher esses esforços", disse Kerry.
Resolução Antiterrorista
O chanceler russo Serguei Lavrov anunciou que o país apresentará nesta quarta-feira ao Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução antiterrorista, depois do início de seus ataques aéreos na Síria.
O texto terá como objetivo "coordenar todas as forças que enfrentam o Estado Islâmico e outras estruturas terroristas", disse Lavrov no principal órgão de decisão das Nações Unidas em Nova York.
Comunicação com os EUA
A Rússia está disposta a estabelecer "canais de comunicação permanentes" com a coalizão liderada pelos Estados Unidos para coordenar operações militares contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), afirmou o chanceler russo Serguei Lavrov.
A medida "garantiria uma eficiência máxima na luta contra os grupos terroristas", disse Lavrov no Conselho de Segurança da ONU em Nova York.
A Câmara alta do Parlamento russo aprovou nesta quarta-feira, por unanimidade, o pedido do presidente Vladimir Putin para iniciar as operações militares na Síria, onde a Rússia tem implantado caças e outras armas nas últimas semanas. O presidente sírio, Bashar al-Assad, é um aliado-chave de Moscou.
De acordo com a Constituição russa, o presidente tem que solicitar a aprovação parlamentar para qualquer uso de tropas russas no exterior. A última vez que ele fez isso foi antes da Rússia anexar a Península da Criméia da Ucrânia em março de 2014. O grupo Estado Islâmico já capturou grande parte da Síria e do Iraque. (Com Agência Estado e AFP)
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