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Estado de Minas

Rússia considera "infundadas" dúvidas de outros países sobre bombardeios na Síria

Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, disse que rumores de que alvo dos ataques não era o Estado Islâmico não têm fundamento


postado em 01/10/2015 07:40 / atualizado em 01/10/2015 07:43


O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, considerou "infundadas" as dúvidas dos países ocidentais sobre os bombardeios de Moscou contra o grupo Estado Islâmico (EI) em seus primeiros ataques na Síria. "Os rumores de que o alvo dos ataques não era o EI carecem de qualquer fundamento", declarou o ministro, citado em um comunicado depois de uma reunião com o secretário do Departamento de Estado americano, John Kerry, em Nova York.


Ele destacou não ter nenhuma informação sobre possíveis vítimas civis. Lavrov disse que informou a Kerry "com total honestidade" sobre a intervenção da Rússia, a pedido da presidência síria, para combater "exclusivamente o Estado Islâmico e outros grupos terroristas".


A aviação russa executou na quarta-feira os primeiros bombardeios na Síria, a pedido do presidente Bashar al-Assad. Rapidamente, os países ocidentais e a oposição síria no exílio expressaram dúvidas sobre a escolha dos alvos atacados pelos caças russos.


O secretário de Defesa americano, Ashton Carter, afirmou que "provavelmente não" apontavam contra os jihadistas do EI e que a iniciativa russa acabaria mal, caso estabelecesse como única meta a defesa do regime sírio. O chanceler francês, Laurent Fabius, também expressou dúvidas sobre os alvos dos ataques russos.


Mais conciliador, John Kerry declarou que Washington está disposto a "receber favoravelmente" o uso da força aérea russa desde que seja contra o EI e a Al-Qaeda. Moscou respondeu que sua aviação realizou 20 saídas e atingiu "oito alvos do grupo Estado Islâmico".

Serguei Lavrov (à esquerda) se reuniu com John Kerry, em Nova York(foto: DOMINICK REUTER / AFP)
Serguei Lavrov (à esquerda) se reuniu com John Kerry, em Nova York (foto: DOMINICK REUTER / AFP)


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