Jornal Estado de Minas

Rússia confirma novos ataques aéreos na Síria contra quatro posições do EI

O exército russo confirmou nesta quinta-feira novos ataques noturnos na Síria contra quatro posições do grupo Estado Islâmico (EI) nas províncias de Idleb (noroeste), Hama e Homs (centro).

"A aviação russa efetuou quatro ataques aéreos durante a noite contra quatro posições do Estado Islâmico no território sírio", afirma em um comunicado o ministério russo da Defesa.

Nas oito incursões, os caças Sukhoi-24 e 25 do exército russo destruíram um "quartel-general dos grupos terroristas e um depósito de munições na região de Idleb", assim como uma oficina de montagem de carros-bomba ao norte de Homs.

Veja vídeo dos ataques dessa quarta-feira



Acusações

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, considerou "infundadas" as dúvidas dos países ocidentais sobre os bombardeios de Moscou contra o grupo Estado Islâmico (EI) em seus primeiros ataques na Síria. "Os rumores de que o alvo dos ataques não era o EI carecem de qualquer fundamento", declarou o ministro, citado em um comunicado depois de uma reunião com o secretário do Departamento de Estado americano, John Kerry, em Nova York.

Ele destacou não ter nenhuma informação sobre possíveis vítimas civis. Lavrov disse que informou a Kerry "com total honestidade" sobre a intervenção da Rússia, a pedido da presidência síria, para combater "exclusivamente o Estado Islâmico e outros grupos terroristas".

A aviação russa executou na quarta-feira os primeiros bombardeios na Síria, a pedido do presidente Bashar al-Assad. Rapidamente, os países ocidentais e a oposição síria no exílio expressaram dúvidas sobre a escolha dos alvos atacados pelos caças russos.

O secretário de Defesa americano, Ashton Carter, afirmou que "provavelmente não" apontavam contra os jihadistas do EI e que a iniciativa russa acabaria mal, caso estabelecesse como única meta a defesa do regime sírio. O chanceler francês, Laurent Fabius, também expressou dúvidas sobre os alvos dos ataques russos.

Mais conciliador, John Kerry declarou que Washington está disposto a "receber favoravelmente" o uso da força aérea russa desde que seja contra o EI e a Al-Qaeda. Moscou respondeu que sua aviação realizou 20 saídas e atingiu "oito alvos do grupo Estado Islâmico"..