A Califórnia tornou-se o quinto estado norte-americano a autorizar o suicídio médico assistido, depois que o governador assinou nesta segunda-feira um polêmico projeto de lei que permite aos pacientes terminais procurar ajuda médica para morrer. O governador Jerry Brown, em pronunciamento, afirmou ter consultado membros da igreja católica, que se opõe à medida, assim como médicos, antes de tomar a decisão.
"No fim, refleti sobre o que eu faria em face de minha própria morte", disse o governador de 77 anos, que na juventude frequentou um seminário para tornar-se padre. "Não sei o que faria caso estivesse morrendo com uma dor prolongada e lancinante", disse Brown. "Mas estou certo, contudo, de que seria um conforto poder considerar as opções que estão neste projeto de lei", afirmou. "E eu não negaria este direito às pessoas".
O projeto de lei torna a Califórnia o quinto estado dos Estados Unidos a permitir o suicídio assistido - após Montana, Oregon, Washington e Vermont. Um juiz do Novo México aprovou em 2014 o suicídio assistido, mas a decisão do magistrado revogada numa corte de apelações.
A eutanásia tem sido há muito tempo um assunto polêmico na sociedade norte-americana. O tema ganhou os holofotes na Califórnia com o caso de Brittany Maynard, uma mulher de 29 anos com um tumor no cérebro que mudou-se de San Francisco para Oregon e tirou a própria vida em novembro do ano passado.