O secretário de Estado americano, John Kerry, expressou sua "profunda preocupação" pela violência no Oriente Médio em conversas telefônicas com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o presidente palestino, Mahmud Abbas, informou neste sábado seu gabinete.
Os últimos choques, horas antes, deixaram dois palestinos mortos na Faixa de Gaza. Também houve ataques com facas fora da Cidade Velha de Jerusalém e mais enfrentamentos violentos na Cisjordânia.
Kerry telefonou separadamente para ambos dirigentes "para expressar sua profunda preocupação pela recente onda de violência e oferecer seu apoio a esforços para restabelecer a calma o quanto antes", informou um comunicado.
O secretário de Estado reiterou também "a importância de condenar com firmeza a violência e combater provocações, assim como dar os passos necessários para reduzir as tensões".
Netanyahu e Abbas se acusaram mutuamente pela escalada de violência.
Netanyahu disse que manifestou a Kerry que esperava que a Autoridade Palestina detivesse "suas provocações ferozes e mentirosas, que estão causando a atual onda de terrorismo".
E Abbas disse que reiterava a necessidade de que as autoridades israelenses deixem de encobrir "as provocações dos colonos, realizadas sob a proteção do exército".
Kerry destacou "a importância de manter o status quo tanto em fatos como em palavras no Monte do Templo (Esplanada das Mesquitas) e se evitar a retórica inflamada e ações que aumentem as tensões", informou o comunicado, em referência aos lugares sagrados para muçulmanos e judeus.
Os Estados Unidos "permanecerão envolvidos nos esforços para restaurar a calma", completou o texto, que indica que Kerry acompanha a situação de perto.