O grupo Estado Islâmico (EI) estava por trás de um atentado cometido em maio contra os xiitas em Karachi, afirmou à AFP o ex-ministro paquistanês do Interior Rehman Malik, que contradiz assim o governo, que nega a presença do grupo jihadista no Paquistão.
Malik, ex-ministro paquistanês do Interior e presidente de uma comissão de Assuntos Exteriores do Senado, afirmou na segunda-feira que o EI é "100%" responsável pelo ataque de maio em Karachi. Ele citou o depoimento de um chefe de polícia.
Em maio, 45 pessoas, integrantes da minoria ismaelita, morreram atingidos por tiros em um ônibus em Karachi. O EI reivindicou rapidamente a autoria do ataque, o primeiro do grupo jihadista no país.
Mas Islamabad nega qualquer atividade do EI no país, vítima há mais de uma década da violência dos talibãs e da Al-Qaeda.
Em junho, no entanto, fontes da polícia e do serviço de inteligência afirmaram que o EI poderia estar vinculado ao atentado de maio, por meio de um grupo extremista local, Lashkar-e-Jhangvi (LeJ), o movimento anti xiita mais violento do Paquistão.
"O EI está envolvido em 100%, o ataque foi planejado na Síria e os criminosos receberam ordens de um paquistanês membro do EI que está atualmente na Síria", afirmou à AFP Malik.
"Até agora, 14 pessoas que pertencem ao EI foram detidas no Paquistão", completou.
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