Bruxelas, 15 - Os líderes da União Europeia enfrentaram nesta quinta-feira advertências duras do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. Segundo ele, a credibilidade das autoridades pode ser ameaçada, caso elas não cumpram seus compromissos para enfrentar uma crise de imigrantes e refugiados.
No mês passado, autoridades prometeram destinar centenas de milhões de euros para refugiados e para ajudar a África a gerenciar melhor suas fronteiras, bem como pagar especialistas para acompanhar as novas chegadas na Itália e na Grécia. "Os Estados-membros precisam fazer o que prometeram. É uma questão de credibilidade", afirmou Juncker.
A Comissão Europeia informou na quarta-feira que apenas três das 28 nações se comprometeram com um total de apenas 12 milhões de euros (US$ 13,7 milhões), para financiar as nações africanas a fim de que elas gerenciem melhor suas fronteiras. A compromisso dos países totaliza 1,8 bilhão de euros (US$ 2 bilhões) ao longo de dois anos.
"Nós podemos e precisamos fazer muito melhor", disse o presidente da UE, Donald Tusk, acrescentando que o fluxo de imigrantes pode aumentar muito. "A Líbia ainda está volátil e a situação na Síria está piorando. Tudo isso pode levar a um novo êxodo massivo de refugiados", disse Tusk. "É nossa obrigação estarmos preparados para todos os cenários possíveis."
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse ao Parlamento alemão antes da reunião em Bruxelas que a Turquia tem um papel importante no assunto, já que mais de 2 milhões de refugiados estão em território turco atualmente.