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Estado de Minas

UE e Turquia firmam acordo para plano de ação comum sobre migrantes

Turquia se compromete a conter o fluxo de migrantes em troca de concessões de Bruxelas, incluindo a facilitação do acesso a vistos para cidadãos turcos


postado em 15/10/2015 20:10 / atualizado em 15/10/2015 20:34

(foto: DIMITAR DILKOFF / AFP)
(foto: DIMITAR DILKOFF / AFP)

Líderes da União Europeia aprovaram nesta quinta-feira um plano de ação comum no qual a Turquia se compromete a conter o fluxo de migrantes em troca de concessões de Bruxelas, incluindo a facilitação do acesso a vistos para cidadãos turcos.


O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse depois de uma cúpula que reuniu todos os 28 líderes da UE que a Turquia terá que respeitar seus compromissos uma vez que "o plano de ação só faz sentido se contiver o fluxo de refugiados".

O acordo foi firmado em uma reunião de cúpula em Bruxelas. A Turquia é considerada um país-chave da região para frear a chegada de refugiados sírios.

 

A chanceler alemã Angela Merkel, que visitará a Turquia no fim de semana, pediu solidariedade à UE e rejeitou o fechamento das fronteiras como solução para a maior crise migratória na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. "Precisamos de uma Europa solidária, qualquer outra opção está fadada ao fracasso", disse. O Executivo da UE esboçou um plano para aprofundar a cooperação com Ancara.

O plano representa "concessões" à Turquia que "só têm sentido com uma redução efetiva do fluxo de migrantes", destacou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.


O vice-presidente da Comissão, Frans Timmermans, viajou na quarta-feira a Ancara para acelerar as negociações, que prosseguem nesta quinta-feira. A UE está disposta a repassar mais dinheiro para ajudar os refugiados que estão na Turquia e a estabelecer uma cooperação para reforçar as patrulhas do litoral e acabar com o estímulo aos refugiados que tentam chegar à Grécia.


O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou que seu país "está disposta a cooperar com a Turquia (país com o qual mantém muitas divergências), mas sempre com base na legislação internacional".


Zona de segurança


Ancara pede um respaldo maior a sua política com a Síria, em particular com a criação de uma "zona de segurança" na região norte do país. "A Turquia deseja. A Rússia está abertamente contra", disse Tusk.


"Será muito complicado de realizar agora que os russos estão envolvidos e a região é excepcionalmente instável", destacou o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.


Ancara também espera um apoio maior da UE na luta contra o "terrorismo", do Estado Islâmico aos separatistas curdos. Outro ponto na agenda do presidente turco Recep Tayyip Erdogan é o fim dos vistos para os turcos que viajam à Europa.


Este ponto, incluído nos 35 capítulos da negociação para a incorporação de um novo membro à UE, é extremamente sensível para o bloco, a ponto de uma fonte afirmar que "provoca suor frio em alguns Estados membros". O presidente francês, François Hollande, cujo país bloqueou no passado as negociações de adesão ao bloco da Turquia, se mostrou reticente sobre o tópico.


O conflito na Síria também estará na agenda dos líderes, assim como a intervenção militar russa em respaldo ao presidente Bashar al-Assad. A UE deseja que os bombardeios de Moscou tenham como alvo o grupo Estado Islâmico, não os rebeldes.


Nas conclusões da reunião - a AFP teve acesso ao rascunho -, os chefes de Estado e de Governo voltam a expressar o "total compromisso para encontrar uma solução ao conflito" e afirmam que "não pode existir uma paz duradoura na Síria sob a atual liderança", mas não afirmam de maneira explícita que Bashar al-Assad deve deixar o poder.


Hungria conclui cerca


O alambrado para impedir a passagem de migrantes pela fronteira entre a Hungria e a Croácia foi concluído, informou nesta quinta-feira o governo de Budapeste, acrescentando que seu fechamento efetivo depende agora de uma decisão política.


"O alambrado de segurança está terminado, o governo e as autoridades podem fechar a fronteira quando assim decidirem", declarou um porta-voz do governo à imprensa.

 


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