Encarregados de corpos de segurança americanos anunciaram nesta quinta-feira a detenção de 151 pessoas no âmbito de medidas severas contra os desenvolvedores de drogas sintéticas, que vinculam vendedores chineses nos Estados Unidos a especuladores no Oriente Médio.
A agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA) informou que as detenções ocorreram em 16 estados do país nos últimos dois dias, como parte de 15 meses de esforços para combater o tráfico de drogas sintéticas, a partir de um aumento das overdoses e mortes causadas por estas substâncias.
A operação facilitou a apreensão de 10 toneladas de canabinoides sintéticos, conhecidos como maconha sintética, bem como 15 milhões de dólares em dinheiro e 39 amas.
A DEA informou que as drogas, muitas das quais estão estruturadas quimicamente para ficar fora das restrições americanas, são importadas sobretudo da China e são vendidas abertamente em pequenos supermercados, postos de gasolina e outros estabelecimentos comerciais. Segundo a agência, os ganhos costumam ser enviados ao Oriente Médio.
"Nos últimos anos, a DEA identificou 400 novos desenvolvedores de drogas nos Estados Unidos, a maioria das quais é fabricada em laboratórios clandestinos na China", informou a DEA em um comunicado.
"O abuso destas substâncias psicoativas provocou um aumento dos casos de overdoses e mortes", prosseguiu.
As investigações "continuam colocando em evidência o fluxo de milhões de dólares provenientes de (a venda de) drogas sintéticas nos Estados Unidos a países do Oriente Médio", acrescentou.
A agência não identificou quais os países afetados, mas nos dois últimos anos, autoridades da DEA fizeram alusão a Iêmen e Síria, entre outros.