Jornal Estado de Minas

'Rei do bitcoin' pagava prostitutas com fundos roubados de sua empresa

O francês Mark Karpelès, fundador da plataforma de intercâmbio de bitcoins MtGox, que quebrou em meio a um escândalo de corrupção, utilizou parte do dinheiro da empresa para pagar prostitutas, informou nesta quarta-feira a imprensa japonesa.

Karpelès, de 30 anos, foi detido no dia 1° de agosto em Tóquio, onde reside, e está sendo interrogado sobre o desaparecimento de centenas de milhões de dólares em bitcoins.

O empresário, acusado de desviar 321 milhões de ienes (2,66 milhões de dólares), resgatou essa soma em compras de direitos de programas informáticos e também para comprar uma cama de luxo e alugar sua moradia (11 mil dólares mensais), indicou a imprensa.

Além disso, parte do dinheiro foi gasto com prostitutas, segundo o jornal Yomiuri Shimbun. Karpelès contratava "várias mulheres em lugares onde ofereciam serviços sexuais", disse a agência de notícias Jiji, citando fontes policiais.

A MtGox desmoronou em 2014 devido a um ciberataque, segundo Karpelès, arruinando milhares de investidores e fazendo oscilar a reputação do bitcoin, a moeda eletrônica.

A sociedade freou suas transações em fevereiro de 2014 e logo declarou-se falida.

No total, desapareceram 850 milhões de bitcois, um valor equivalente a cerca de 385 milhões de dólares.

Diferentemente das divisas fiscais, como o dólar ou o real, os bitcois não são emitidos nem regulados por nenhum banco central. Invés disso, são emitidos por milhares de computadores espalhados pelo mundo.

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