Líderes budistas de todo o mundo, entre eles o Dalai Lama, defenderam um acordo "ambicioso e eficaz" para limitar o aquecimento global durante a conferência sobre o clima, que acontecerá em breve em Paris (COP21).
"Estamos em uma encruzilhada, na qual nossa sobrevivência e a de outras espécies estão em jogo", escreveram os signatários desta "Declaração budista sobre a mudança climática aos líderes do mundo", assinada na quinta-feira.
Os signatários procedem principalmente da Ásia, mas também de países como Estados Unidos e França.
"A humanidade deve agir sobre as causas desta crise ambiental, provocada pelo uso de combustíveis fósseis, por modelos insustentáveis de consumo, por uma tomada de consciência insuficiente e falta de cuidado sobre as consequências de nossas ações", proclama o manifesto budista.
Este apelo é feito a um mês do início da COP21, uma grande conferência sobre o clima onde os líderes de 195 países vão tentar chegar a um acordo histórico para limitar o aquecimento global.
"Esta é a primeira vez que tantos budistas se unem em torno de uma questão global", destacou o Coletivo Budista Mundial contra as Mudanças Climáticas (GBCCC), uma coalizão de organizações budistas.
Os signatários evocam a crença budista na interdependência de todos os elementos do cosmos.
"Entender esse nexo de causalidade interdependente e as consequências de nossas ações é fundamental para reduzir o nosso impacto no meio ambiente", escreveram.
Na declaração, os líderes budistas pedem que os países comecem a abandonar os combustíveis fósseis para alcançar um modelo "100% renovável".