O avião russo que caiu no sábado no Sinai egípcio com 224 pessoas a bordo se despedaçou no ar antes de chegar ao chão, indicou o chefe dos especialistas aeronáuticos russos.
"O deslocamento ocorreu no ar e os fragmentos se espalharam por uma grande superfície de cerca de 20 km 2", declarou Viktor Sorotchenko, diretor do Comitê intergovernamental de aviação (MAK), citado pelas agências russas, indicando, contudo, "ser muito cedo para tirar qualquer conclusão".
O MAK lidera as investigações de catástrofes aéreas na Rússia. Desta forma, Sorotchenko participa da investigação da queda do voo 9268 da Metrojet no Egito ao lado dos investigadores franceses do BEA e alemães do BFU, representando o construtor Airbus, e egípcios.
A hipótese de o avião ter se despedaço durante o voo já era considerada a mais plausível pelos especialistas, dada a dispersão dos destroços.
As autoridades egípcias anunciaram no sábado que encontraram destroços e corpos em um perímetro que se estende ao longo de 8 km de raio, o que, segundo os especialistas, indica a priori que o Airbus A321-200 da empresa russa Metrojet não havia tocado o chão intacto, mas que se despedaçou ou explodiu em voo.
O raio das buscas foi estendido neste domingo a 15 km, segundo um oficial militar envolvido nas operações.