Barack Obama é o primeiro presidente dos Estados Unidos a perder o posto entre as duas personalidades mais influentes do mundo, segundo a revista Forbes, que situou o presidente russo, Vladimir Putin, e a chanceler alemã, Angela Merkel, na liderança e o papa Francisco em quarto lugar.
A revista publicou sua 70ª edição do ranking anual algumas semanas depois de o presidente russo iniciar os bombardeios aéreos na Síria e receber em Moscou o colega sírio, Bashar al Assad.
"Quando Obama começa o último ano de sua presidência, é claro que sua influência desaba e agora é mais difícil do que nunca conseguir com que as coisas sejam feitas", escreveu a Forbes.
A intervenção de Putin na Síria reforçou sua influência em nível global, depois de meses de isolamento após a crise na Ucrânia. "Putin continua provando que é um dos poucos homens do mundo suficientemente poderoso para fazer o que quer e sair intacto", avaliou a Forbes.
Apesar das sanções internacionais impostas a Moscou depois da anexação da Crimeia e pelo conflito na Ucrânia, Putin conseguiu com que Estados Unidos e Otan pareçam frágeis e ajudou a reconstruir a influência da Rússia, acrescentou a publicação.
A chanceler alemã, Angela Merkel, subiu três posições e desbancou Obama, que no ano passado aparecia na lista como a segunda personalidade mais influente.
"Merkel é a coluna vertebral dos 28 membros da União Europeia e suas ações decisivas para gerenciar o problema dos refugiados e a crise financeira da Grécia a ajudaram a subir na lista", escreveu a Forbes.
Entre os latino-americanos, o papa argentino aparece em quarto lugar, bem à frente da presidente Dilma Rousseff (37) e seu colega mexicano, Enrique Peña Nieto (52).
O presidente chinês, Xi Jinping, aparece em quinto, caindo duas posições com relação ao ranking de 2014.
A lista de 2015 classifica as 73 personalidades mais influentes entre 7,3 bilhões de pessoas no mundo.
Os pré-candidatos à Casa Branca, a democrata Hillary Clinton (58) e o republicano Donald Trump (72) foram algumas das novidades da lista.
Apenas nove mulheres integram o ranking, enquanto um terço das pessoas são dos Estados Unidos, oito da China, quatro do Japão e quatro da Rússia.