O papa Francisco advertiu em uma entrevista publicada nesta sexta-feira que não se pode falar de pobreza e depois levar "uma vida de faraó", após as revelações sobre o esbanjamento de alguns cardeais no escândalo conhecido como o Vatileaks 2. "A Igreja deve falar com a verdade e também com o testemunho, o testemunho da pobreza. Não é possível que um fiel fale de pobreza e dos sem teto e leve uma vida de faraó", disse o pontífice ao jornal holandês "Straatnieuws", de Utrecht.
"Na Igreja há alguns que, ao invés de servir, de pensar nos demais (...) se servem da Igreja. São os arrivistas, os que estão apegados ao dinheiro. Quantos padres e bispos deste tipo já vimos? É triste dizer, não?", disse na homilia durante a missa matinal no Vaticano.
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"Eu era pequeno, tinha quatro anos e uma vez me perguntaram 'o que você gostaria de ser quando crescer?'. Eu disse: 'açougueiro!', como o do mercado em que eu fazia compras com a minha mãe e avó", contou. No futebol, revela, "os que jogavam como eu eram chamados de 'patadura', que significa ter dois pés esquerdos.