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Estado de Minas

Maduro critica duramente Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU


postado em 13/11/2015 19:22

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou o Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU de "proteger os que atentam contra o Estado" venezuelano, após o comissário Zeid Ra'ad Al Hussein questionar a "imparcialidade dos juízes e promotores" do país caribenho nos processos contra opositores.

"Se ele quer escutar a verdade sobre a Venezuela deve receber os altos funcionários e deve receber o presidente da Venezuela, e não proteger os que atentam contra o Estado constitucional venezuelano", disse Maduro, sem citar nomes.

Em uma conversa com diplomatas em Genebra divulgada nesta sexta-feira pela TV estatal, Maduro qualificou de "falta de respeito" um vídeo no qual Al Hussein manifesta "sérias preocupações" sobre a "imparcialidade dos juízes e promotores" na Venezuela.

A gravação de Al-Hussein foi exibida para Maduro antes de seu discurso no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, quando defendeu a política de seu governo em relação às garantias fundamentais.

"Ele não pode ser juiz e parte do processo para condenar a Venezuela, condenar nosso Estado. Isto não podemos aceitar, vamos enfrentá-lo", afirmou Maduro, questionando o fato de Al-Hussein "reagir mais rápido sobre a Venezuela do que sobre qualquer outro assunto".

O diplomata jordaniano afirma que os casos do líder opositor Leopoldo López, condenado a 13 anos e nove meses de prisão, e da juíza María Lourdes Afiuni, detida por três anos e meio sob suspeita de corrupção, são "ilustrações evidentes" da falta de imparcialidade na Venezuela.

"Um bom número de órgãos dos direitos humanos da ONU (...) têm manifestado sérias preocupações sobre a independência do poder Judiciário na Venezuela e sobre a imparcialidade dos juízes e promotores quando enfrentam casos politicamente sensíveis", afirmou o Al-Hussein.

Maduro denunciou que o alto comissário se "negou a recebê-lo antes da audiência desta quinta-feira, do mesmo modo que a outros funcionários venezuelanos. "Tem medo da verdade. Eu lhe digo isso senhor alto comissário".


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