Jornal Estado de Minas

Da Uefa ao COI, mundo do esporte se comove com atentados em Paris

Da Uefa ao presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, o mundo do esporte deu mostras neste sábado de sua emoção e solidariedade, no dia seguinte aos atentados que causaram ao menos 129 mortos em Paris. "Estes atentados são profundamento impactantes", escreveu em comunicado Bach, que classificou os acontecimentos como "atos covardes e bárbaros".

"Não é só um ataque contra o povo da França e de Paris. Trata-se de uma agressão à humanidade e a todos os valores humanos e olímpicos", completou o presidente do COI, que concluiu o texto com a mensagem "Nous Sommes tous Français" (Somos todos franceses), em referência ao lema "Je suis Charlie" (Eu sou Charlie), que se popularizou mundialmente após os atentados na revista satírica francesa Charlie Hebdo, em janeiro deste ano.

Para Paris-2024, Comitê de candidatura olímpica francesa, "a França foi atacada em seu coração. Os valores fundamentais e históricos de nosso país são mais importantes que tudo dentro desta dramática situação. Serão a fonte de nossa determinação frente a esta terrível tragédia".

A Uefa, organizadora da Eurocopa, que será realizada na França entre 10 de junho e 10 de julho do ano que vem, expressou "seu apoio e solidariedade à França e a todas as pessoas afetadas por estes atos horríveis".

A entidade que comanda o futebol europeu também pediu a todos os jogadores que disputam a repescagem para o torneio continental que usem braçadeiras pretas em sinal de luto pelas vítimas dos atentados.

BRAÇADEIRAS PRETAS E MINUTO DE SILÊNCIO
A recomendação foi respeitada pelos participantes de uma partida beneficente da Unicef realizada neste sábado em Manchester, onde também foi respeitado um minuto de silêncio. O presidente da Uefa, o francês Michel Platini, declarou, em texto enviado à AFP, estar "comovido pelos ataques terroristas realizados em Paris. Expresso minha emoção e minha profunda indignação diante destes atos de barbárie cega e envio minhas condolências às famílias das vítimas, assim como desejo uma pronta recuperação às feridos".

O presidente interino da Fifa, o camaronês Issa Hayatou, manifestou sua "profunda emoção" pelo ocorrido em carta enviada ao presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), Noël Le Graët. "Quero transmitir a solidariedade da comunidade do futebol internacional e expressar meus mais sinceros pêsames às famílias das vítimas", completou.

A emoção pela série de atentados ocorridos em Paris, alguns deles nas cercanias do Stade de France, onde no mesmo momento era disputado um amistoso entre França e Alemanha, foi além do mundo do futebol.

Os pilotos de Fórmula 1 respeitaram um minuto de silêncio antes do início do treino classificatório para o Grande Prêmio do Brasil de domingo e o presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA), Jean Todt, se disse "horrorizado" diante dos ataques.

Os golfistas que participam do Aberto de Xangai também usaram braçadeiras pretas durante o terceiro dia de disputa do torneio.
Algumas das grandes estrelas do esporte mundial prestaram homenagens às vítimas através das redes sociais: "Meu coração dói junto com Paris", escreveu em francês a americana Serena Williams, melhor tenista do mundo.

Também em francês, o tenista espanhol Rafael Nadal, nove vezes campeão em Roland Garros, escreveu no Twitter: "Estou devastado com o ocorrido à noite em Paris. Todo meu afeto e meu carinho à França e aos parisienses"..