No total, os hospitais atendem 415 pessoas, incluindo as psicologicamente traumatizadas pelos atentados.
Solidariedade
A série de atentados causou horror e comoção em todo o mundo e provocou mobilizações e atos de solidariedade ao povo francês. Dirigentes enviaram mensagem de apoio e os governos europeus convocaram reuniões de crise para lidar com a ameaça terrorista. Em todo o mundo, monumentos e edifícios foram iluminados de azul, branco e vermelho – as cores da bandeira francesa –, e mensagens de condolências foram colocadas com buquês de flores junto a embaixadas e outras representações do país. Em Dublin, na Irlanda, centenas de pessoas entoaram a Marselhesa, o hino nacional da França. Bandeiras tricolores foram exibidas também em Estocolmo, Londres e outras capitais europeias.
O papa Francisco condenou o massacre “desumano” em Paris e classificou os atentados da noite de sexta-feira na capital francesa como “mais um pedaço” de uma Terceira Guerra Mundial que, segundo o pontífice, está sendo travada “em partes”. “Estou próximo ao povo da França, às famílias das vítimas, e estou rezando por todos eles”, disse. “Não há justificativa religiosa ou humana para isso”, prosseguiu Francisco. “Estou comovido e entristecido: não consigo entender.” Em comunicado oficial, o Vaticano pediu “uma resposta decisiva e solidária” a um “ataque contra toda a humanidade”. Líderes islâmicos também reagiram ao crime. O imã da mesquita Al-Azhar, instituição de grande prestígio do islã sunita, Ahmed al-Tayeb, condenou os ataques “odiosos” e apelou “o mundo inteiro a se unir contra o monstro do terrorismo”.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, condenou “os desprezíveis ataques terroristas realizados em Paris e apresentou suas condolências às famílias das vítimas”, segundo seu porta-voz. Em declaração unânime, os 15 países-membros do Conselho de Segurança da ONU condenaram “da maneira mais firme os ataques terroristas odiosos e bárbaros” cometidos em Paris. Presidentes e primeiros-ministros usaram palavras fortes para se referir à tragédia e prometem apoiar a França em sua prometida reação no combate ao terrorismo. A presidente Dilma Rousseff enviou mensagem ao presidente francês, François Hollande, na qual afirma: “Hoje somos todos franceses”. Neste momento de choque e tristeza, os corações e mentes dos brasileiros estão com os feridos e as famílias das vítimas fatais", disse Dilma.