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Estado de Minas

França mantém conferência do clima, apesar dos atentados em Paris


postado em 15/11/2015 18:25

Mais de 120 chefes de Estado, 40 mil visitantes por dia, manifestações... Os atentados de Paris transformam a cúpula internacional sobre o clima em um desafio, mas a França está decidida a manter o evento global, negando-se a "ceder à violência".

"Em alguns poucos dias, Paris será a capital do mundo nesta cúpula fundamental para a humanidade", declarou neste domingo o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, para quem adiá-la "seria de certa forma ceder diante da violência".

"Logicamente, a COP21 continua de pé. E agora com mais razão", tuitou a encarregada do clima na ONU, a costa-riquenha Christiana Figueres, que tinha manifestado sua "profunda tristeza" com os atentados.

A COP21 significa "respeitar nossas diferenças e ao mesmo tempo agirmos juntos", disse Figueres, faltando duas semanas para a conferência contra as mudanças climáticas, que será inaugurada em 30 de novembro por uma cúpula de chefes de Estado e de governo.

"Também será uma oportunidade para que os chefes de Estado se reúnam e manifestem uma vez mais sua solidariedade com a França", disse Manuel Valls.

Grande defensor do clima, o presidente americano, Barack Obama tem previsto assistir, informou uma autoridade.

Durante a conferência, 195 países tentarão chegar a um acordo para limitar o aquecimento abaixo de um limite administrável tanto para os ecossistemas quanto para as economias.

Seria difícil imaginar um adiamento "em vista do ponto de inflexão em que nos encontramos na luta contra as mudanças climáticas", explicou Matthieu Orphelin, da Fundação Hulot: "esta COP21 foi bem preparada, a imensa maioria dos países querem um acordo, é preciso concretizá-la".

"É uma ação absolutamente indispensável contra o caos climático", insistiu o chanceler francês, Laurent Fabius, futuro presidente da COP (Conferência das partes, na sigla em inglês), ao insistir em que a mesma transcorrerá "com medidas de segurança reforçadas".

Proibir as manifestações?

Antes dos atentados, os organizadores previram deslocar 1.500 policiais e bombeiros para garantir a segurança no amplo espaço de Le Bourget, subúrbio norte de Paris, não muito longe do Stade de France, cenário de ataque suicida na sexta-feira.

Para a zona de negociações, em território da ONU, estão previstos mais de cem guardas da organização mundial e mais de 300 agentes de segurança privados.

Ao lado foi instalado um pavilhão de "geração clima", um espaço de exposições e debates capaz de receber todos os dias gratuitamente a uma grande quantidade de público não credenciado.

Em Paris estava prevista uma marcha civil em 29 de novembro partindo da Praça da República.

Uma última mobilização será celebrada no sábado, 12 de dezembro. A COP também dará lugar a gandes eventos na cidade, uma exposição no Grand Palais, concertos...

Segundo uma fonte governamental, uma reflexão está em andamento para reforçar ainda mais o dispositivo de segurança, por exemplo aumentando o grau de proteção das delegações estrangeiras.

Há uma preocupação especial sobre a manifestação do dia 29, que deveria mobilizar 5.000 policiais e gendarmes, um esforço importante em um momento em que as forças de ordem estão "mobilizadas na luta antiterrorista" de um país que neste fim de semana se proclamou "em guerra".

Além da possibilidade de proibir as manifestações, Manuel Valls evocou outras medidas possíveis. "É preciso estar atentos para que a COP se concentre essencialmente na cúpula do clima, enquanto o estado de emergência poderá ser aplicado para toda uma série de manifestações", advertiu.


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