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Estado de Minas

Manifestação reúne brasileiros e franceses em solidariedade às vítimas de Mariana e Paris

Carregando bandeiras dos dois países, cartazes e algumas velas acesas, os participantes da Vigília pela Liberdade fizeram uma marcha silenciosa pela alameda central da Praça da Liberdade


postado em 15/11/2015 19:06 / atualizado em 15/11/2015 19:48

(foto: Sidney Lopes/EM/D.A.Press)
(foto: Sidney Lopes/EM/D.A.Press)

Tristeza em dose dupla. Brasileiros e franceses se uniram na tarde deste domingo na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, em solidariedade às vítimas dos atentados em Paris e do desastre em Mariana. Carregando bandeiras dos dois países, cartazes e algumas velas acesas, os participantes da Vigília pela Liberdade fizeram uma marcha silenciosa pela alameda central da praça e cantaram o hino francês. O evento foi promovido pela Aliança Francesa e Consulado da França, com apoio da Fundação Municipal de Cultura. Houve doação de água mineral para as vítimas de Mariana.

De acordo com a adida de cooperação e de assuntos culturais da embaixada da França no Brasil, Christine Masson, o movimento ocorreu em grandes cidades brasileiras. Segundo ela, cerca de 900 franceses vivem em Minas e todos estão muito chocados com o que aconteceu em seu país. “É uma tristeza muito grande, uma dor que a gente sente na pele, mas que a gente compartilha também com todos que estão sofrendo, em particular com as vítimas da tragédia de Mariana. A gente se sente muito solidário com o que aconteceu aqui e também sentimos a solidariedade do mundo inteiro sobre o que aconteceu na frança”, disse Christine, reforçando que se sente muito próxima dos brasileiros. “A nossa manifestação é para que isso não aconteça mais. Nos dois casos, houve perda de vidas e a gente não quer que aconteça de novo”, afirmou.Christine disse que a França quer continuar a viver na diversidade cultural, na paz e na democracia. “A gente sente que isso é ameaçado. Além da dor que a gente pode sentir, há uma grande preocupação também com a perda da liberdade”, reforçou.

O diretor da Aliança Francesa, Pierre Alfarroba, disse que o atentado em Paris foi um choque para todo mundo, dor essa, segundo ele, que é compartilhada pelos brasileiros que já estavam abalados com a tragédia de Mariana. A mensagem dele para os franceses é para não ter medo, que devem resistir e ter tolerância com todas as religiões, numa visão de liberdade, igualdade e fraternidade, que é o lema da França”, disse.

A atriz e estudante de direito da UFMG Margaux Antunes, de 21, é francesa e acompanhou a manifestação. Ela também disse estar chocada com o que aconteceu em seu país. “Também estamos sensibilizados com o que aconteceu aqui no Brasil. A minha turma da faculdade se reuniu e levou alimentos e água para quem perdeu tudo em Mariana”, comentou.

O estudante de administração Felipe Quintão de Castro, de 31, é mineiro e passou seis meses na França estudando. Ele foi à Praça da Liberdade usando uma camisa do Brasil e uma bandeira francesa sobre os ombros. “Criei muito afeto pela França. A gente fica muito triste com o que aconteceu lá. Também estou triste com a falta de compromisso do governo brasileiro e com as grandes empresas que deixam tragédias como a de Mariana acontecer”, reclamou Felipe. Manifestantes da 1ª Marcha da Família Cristã, que passavam pela Praça da Liberdade, também fizeram um momento de silêncio pelas vítimas de Mariana e de Paris.


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