Jornal Estado de Minas

Polícia belga tenta deter suspeito-chave dos atentados de Paris

A polícia belga lançou nesta segunda-feira uma nova operação com forte mobilização no bairro popular de Molenbeeck, em Bruxelas, de onde são oriundos vários dos suspeitos dos atentados de Paris, constatou a AFP.


A operação foi organizada para deter Salah Abdeslam, um suspeito-chave nos atentados, confirmou à AFP um porta-voz da procuradoria federal da Bélgica. Além disso, fontes judiciárias indicaram que cinco pessoas detidas na Bélgica como parte da investigação sobre os atentados foram libertadas, incluindo Mohamed Abdeslam, irmão de Salah.


"No total cinco pessoas foram liberadas e duas continuam em detenção provisória", indicou a procuradoria federal belga à AFP. Mohamed Abdeslam foi libertado "sem nenhuma acusação", informou seu advogado à AFP. Ainda não há informações se Salah, objeto de um mandato de prisão internacional e apresentado como "perigoso", está na residência cercada pelas forças de ordem em Molenbeek.


Salah Abdeslam, um francês nascido em Bruxelas e descrito pela imprensa belga como "o inimigo público número um", é suspeito de ter participado dos ataques de Paris com seus irmãos. A polícia federal pediu no Twitter "com insistência que a imprensa não divulgue imagens ao vivo da intervenção em Molenbeek. Para a segurança de todos!".


De fato, a transmissão de imagens ao vivo das ações policiais pode ajudar os terroristas a fugir ou responder mais eficazmente às forças de ordem, baseando-se nas imagens televisionadas. Policiais das unidades especiais cercavam um prédio de Molenbeek. Um grande perímetro de segurança foi montado, impedindo jornalistas e moradores de se aproximar do local, onde bombeiros e membros do esquadrão anti-bombas aguardavam.


Ao menos sete das detenções, somadas às revistas realizadas pelas forças de segurança belgas no fim de semana, ocorreram neste bairro.

Também foi encontrado no local um dos veículos que teriam utilizado alguns dos autores dos atentados. A Bélgica parece ter servido de base de retaguarda para alguns dos autores dos atentados que deixaram 129 mortos na sexta-feira em Paris.

 

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