O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admitiu nesta segunda-feira que os ataques terroristas em Paris foram um "revés terrível e repugnante" na luta contra o Estado Islâmico, mas rechaçou as críticas segundo as quais os EUA deveriam mudar ou expandir sua campanha militar contra os extremistas. "A estratégia que estamos levando adiante é a estratégia que ao fim funcionará", afirmou Obama durante entrevista à imprensa, no encerramento de dois dias de conversas com líderes globais, na Turquia. "Isso levará tempo."
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Obama anuncia que EUA e França compartilharão mais informação de inteligênciaPresidente pede prorrogação de 3 meses de estado de emergência na FrançaFrançois Hollande e Kerry se reúnem nesta terça em ParisObama não citou nenhum crítico em particular, mas alguns pré-candidatos republicanos à presidência pediram o envio de soldados dos EUA para a Síria.
O presidente também anunciou um novo esforço para compartilhar informações de inteligência com a França, após os ataques neste país que mataram pelo menos 129 pessoas. Autoridades disseram que os EUA já haviam usado informações de inteligência para ajudar a França a identificar alvos. O presidente norte-americano disse que os EUA sabiam do desejo do Estado Islâmico de atacar fora do Oriente Médio, mas que não havia recebido informação indicando que um ataque em Paris era provável. "Eu não estava ciente de nada tão específico", comentou.
Obama disse ainda que seria um erro igualar os ataques como os de Paris com o Islã. Segundo ele, porém, a comunidade muçulmana precisa fazer mais para garantir que os jovens "não sejam infectados" com crenças extremistas. O líder argumentou que os EUA fazem sua parte, ao aceitar refugiados da Síria e do Iraque, e que era "vergonhoso" que líderes políticos pedissem testes de religião para refugiados.