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Estado de Minas

Rússia diz que queda de avião no Egito foi provocada por terroristas com uma bomba

"Podemos dizer que se trata de um atentado", afirmou o presidente Vladmir Putin. A queda da aeronave matou 224 pessoas


postado em 17/11/2015 06:52 / atualizado em 17/11/2015 08:35

(foto: AFP PHOTO / RUSSIA'S EMERGENCY MINISTRY / MAXIM GRIGORYEV)
(foto: AFP PHOTO / RUSSIA'S EMERGENCY MINISTRY / MAXIM GRIGORYEV)
A Rússia confirmou nesta terça-feira que a queda de um avião da companhia russa Metrojet no Sinai egípcio, em 31 de outubro, foi provocada por uma bomba, e prometeu "castigar" os responsáveis, além de anunciar uma intensificação dos bombardeios na Síria. "Podemos dizer que se trata de um atentado", afirmou o diretor do Serviço Secreto russo (FSB), Alexander Bortnikov, ao presidente russo Vladimir Putin durante uma reunião de madrugada no Kremlin. "Durante o voo, foi ativado um artefato explosivo de fabricação caseira com potência equivalente a um quilo de TNT", indicou o chefe do FSB. "Em consequência, o avião se desintegrou no ar, o que explica porque havia partes da fuselagem em um raio muito amplo". O atentado, que matou as 224 pessoas a bordo da aeronave, foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI). Até agora, a Rússia questionava a tese de atentado, defendida por Estados Unidos e Reino Unido. Apesar das dúvidas, no entanto, Moscou já havia decidido suspender os voos para o Egito. Ao mesmo tempo, o presidente Vladimir Putin prometeu encontrar os culpados. "Não vamos secar nossa lágrimas. Isto nos marcará para sempre. Mas isto não nos impedirá de encontrar e castigar os criminosos", disse Putin. "Temos que fazer isto rápido, identificá-los (...) Vamos encontrá-los em qualquer lugar do planeta e os castigaremos", afirmou. "A ação militar de nossa aviação na Síria não deve apenas continuar, como deve ser intensificada para que os criminosos percebam que a punição é inevitável". Moscou prometeu 50 milhões de dólares de recompensa para quem proporcionar informações sobre os "terroristas" que provocaram a queda do avião. O FSB pediu ajuda para identificar os terroristas", anunciou o serviço secreto russo em seu site, que promete a recompensa milionária por informações que ajudem na detenção dos criminosos. O acidente do Airbus A321 da companhia russa Metrojet, que viajava de Sharm el-Sheikh, balneário turístico da península egípcia do Sinai, para São Petersburgo, é a maior catástrofe aérea da história do país e o mais grave atentado contra russos nos últimos 10 anos. O anúncio do Kremlin acontece quatro dias depois dos atentados de Paris, também reivindicados pelo EI, que deixaram 129 mortos e mais de 350 feridos. Na segunda-feira, durante a reunião do G20 em Antalya, na Turquia, o presidente russo pediu "união de esforços na luta contra o mal, contra o terrorismo". De acordo com Putin, os atentados recentes demonstram que a Rússia fez bem ao tentar organizar uma coalizão internacional na Síria, onde os russos executam ataques aéreos praticamente diários desde o fim de setembro a pedido do regime do presidente Bashar al-Assad.


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