Jornal Estado de Minas

França provocou 12% dos ataques não americanos ao Estado Islâmico

A França é responsável por 12% dos ataques contra o grupo Estado Islâmico que não foram realizados pelos Estados Unidos, um número que aumentará com a entrada ao combate dos porta-aviões Charles de Gaulle, estimou, nesta quarta-feira, o Pentágono.

"A França foi o primeiro parceiro da Otan a atacar o Iraque, em setembro de 2014 e, até agora, realizou pouco mais de 12% de todos os ataques não realizados pelos Estados Unidos no Iraque e Síria", declarou o coronel Steve Warren, porta-voz militar americano, em uma videoconferência realizada em Bagdá.

"Espero que esta porcentagem aumente" com a chegada do Charles de Gaulle, acrescentou Warren. O porta-aviões francês comporta "uma capacidade de ataque significativa na coalizão" internacional, destacou o oficial.

O Charles de Gaulle partiu, nesta quarta-feira, de Toulon para o Mediterrâneo Oriental, onde se juntará à luta contra os grupos jihadistas no Iraque e Síria, multiplicando por três a capacidade militar da França na região.

As forças francesas contarão, assim, com 26 caças adicionais - 18 Rafale e 8 Super Etendard - que são transportados pelo porta-aviões, somados às 12 aeronaves atuais disponíveis no Emirados Árabes (seis Rafale) e Jordânia (seis Mirage 2000).

Paris decidiu intensificar suas operações na Síria em resposta aos atentados da semana passada na capital francesa, os piores cometidos em seu território, com 129 mortos e mais de 350 feridos, reivindicados pela organização Estado Islâmico.

Segundo estatísticas oficiais, copiladas e organizadas pela ONG britânica Airwars, a França é o terceiro país diferente dos Estados Unidos que realizou mais ataques, vindo atrás do Reino Unido e Holanda.

A campanha aérea contra o Estado Islâmico, porém, foi sustentada, até agora, essencialmente pelos Estados Unidos, que realizaram mais de 80% dos ataques, segundo o Pentágono.

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