Pelo menos duas pessoas fazem reféns 140 hóspedes e 30 empregados do Hotel Radisson Blu, em Bamako, no Mali, informou a cadeia de hotéis, em comunicado. ''O grupo Rezidor, que administra o Hotel Radisson em Bamako, está ciente da tomada de reféns que está ocorrendo. Segundo a televisão estatal maliense ORTM, oitenta pessoas já foram libertadas.
"As forças de segurança libertaram cerca de 30 reféns e outros conseguiram fugir", disse à AFP o ministro da Segurança, coronel Salif Traoré, sem dar mais detalhes. Segundo Modibo Nama Traore, comandante do exército malinês, o ataque seria realizado por dez homens, que invadiram o local gritando ''Allahu Akbar'' ('Deus é grande', em árabe), antes de dispararem contra os guardas do local e tomarem reféns.
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O porta-voz acrescentou que os reféns foram libertados graças à intervenção das forças especiais e que há ''dois ou três'' assaltantes.
''As nossas equipes de segurança estão em contato constante com as autoridades locais, a fim de prestar toda a ajuda possível para estabelecer a segurança no hotel. Neste momento, não temos mais informações e continuamos a acompanhar a situação de perto'', acrescentou o grupo hoteleiro no comunicado. Segundo uma fonte da segurança, os assaltantes chegaram ao hotel em uma viatura com matrícula do corpo diplomático.
No dia 7 de março deste ano, um atentado contra um bar-restaurante em Bamako fez cinco mortos, entre eles um cidadão belga e um francês. Foi o primeiro ataque desse tipo registrado na capital do Mali.
Em agosto passado, ocorreu outra tomada de reféns, de mais de 24 horas, em um hotel da cidade, que provocou a morte de quatro soldados e cinco funcionários da Organização das Nações Unidas, bem como de quatro assaltantes.
O Norte do Mali esteve, entre março e abril de 2012, sob controlo de grupos jihadistas ligados à Al Qaeda, na sequência de um golpe militar. Os grupos foram dispersados e perseguidos após uma intervenção militar internacional lançada em janeiro, por iniciativa da França, cujas forças militares se mantêm ainda no país. No entanto, há várias regiões que escapam ao controle das forças militares malaias e estrangeiras.
Há muito concentrados no Norte do país, os ataques jihadistas estenderam-se, desde o início do ano, para o Centro e, desde junho, para o Sul do território.
(Com agências).