Oito dias depois dos atentados em Paris reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI), o ministro da Economia francês, Emmanuel Macron, disse que a sociedade francesa deve assumir "parte da responsabilidade" pelo "terreno fértil" para o avanço do jihadismo.
"O terreno fértil em que os terroristas têm conseguido nutrir a violência e desviar alguns indivíduos é o da desconfiança", declarou Macron diante de um grupo de reflexão de esquerda.
"Somos uma sociedade em que a igualdade está no coração do pacto social. Somos uma sociedade em que a média de igualdade prevalece muito mais do que em outras economias e sociedades, em particular as anglo-saxãs", ressaltou Macron.
"Mas progressivamente rompemos esse ideal republicano que permitia a mulheres e homens progredir. Detivemos a mobilidade social", lamentou.
"Construímos uma sociedade com a capacidade de fechar portas", alertou, exemplificando que um homem barbudo com sobrenome muçulmano tem apenas um quarto das possibilidades de outros candidatos em uma entrevista de emprego.