A investigação prossegue na Bélgica para encontrar vários suspeitos, incluindo um foragido que participou nos ataques de Paris, Salah Abdeslam, afirmou o ministro belga do Interior, Jan Jambon, para quem "a vida deve continuar", apesar do alerta terrorista máximo em Bruxelas. "Está claro que a operação não terminou", disse Jambon à rádio RTBF.
O ministro não revelou detalhes da investigação em curso, um dia depois das operações policiais que resultaram em 16 detenções, mas não a de Salah Abdeslam, cujo rastro foi perdido desde os ataques de 13 de novembro na capital francesa. "Todos sabem que existe certo perigo com ele e, por isto, (Abdeslam) é um objetivo importante" declarou Jambon.
O ministro não comentou as informações da imprensa de que Salah Abdeslam teria sido visto em fuga para a Alemanha, "para não perturbar a investigação".
As escolas e o metrô de Bruxelas permaneceram fechados nesta segunda-feira, mas Jambon fez um apelo para que os moradores prossigam com sua rotina. "Tomamos as medidas necessárias para garantir a segurança das pessoas. Mas a vida deve seguir em Bruxelas, a vida econômica e a vida social", disse o ministro. Bruxelas se encontra no nível máximo de alerta terrorista.
O Órgão de Coordenação para a Análise da Ameaça (OCAM), que avalia o nível de alerta, deve fazer um novo exame nesta segunda-feira e o governo decidirá pela manutenção ou não das medidas de emergência.
Das 22 operações realizadas no domingo na Bélgica, algumas aconteceram em Molenbeek-Saint-Jean, bairro considerado um viveiro de redes jihadistas. "Há um vínculo com a Bélgica, não se pode negar. Mas dizer que (os ataques de Paris) foi algo organizado em Molenbeek, isto não posso confirmar", disse Jambon.