Especialistas franceses e da ONU colaboram na investigação do ataque contra um hotel de Bamako e na busca dos cúmplices dos agressores, anunciou a justiça do Mali, onde teve início nesta segunda-feira um luto de três dias decretado pelo governo.
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A investigação segue por "várias pistas" sem quaisquer certezas sobre a nacionalidade dos autores do ataque de sexta-feira reivindicado por dois grupos jihadistas. Na recepção do hotel os investigadores encontraram uma mala com granadas que foi abandonada pelos criminosos, segundo o procurador.
Especialistas franceses desembarcaram em Bamako para ajudar na identificação dos corpos e a Minusma (Missão da ONU no Mali) também participa na investigação. O Radisson Blu foi atacado por homens armados que tomaram quase 170 pessoas como reféns, entre clientes e funcionários.
As forças de segurança do Mali, apoiadas por forças especiais francesas, americanas e oficiais da Minusma, libertaram os reféns. O ataque terminou com 21 mortos: 18 clientes, sendo 14 estrangeiros, um policial malinês e os dois criminosos, segundo o governo.
A Minusma contabilizou 22 mortos, incluindo dois jihadistas. O ataque foi reivindicado pelo grupo jihadista Al-Murabitun, liderado pelo argelino Mokhtar Belmokhtar, com a participação da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI). O Al-Murabitun afirmou que a ação foi executada por duas pessoas, dando a entender que eram naturais do Mali.
Outro grupo jihadista, a Frente de Libertação de Macina (FLM), implantado no centro dp país, também reivindicou o atentado. "A Frente de Libertação de Macina (FLM) reivindica o ataque contra o (hotel) Radisson em Bamako com a colaboração do Ansar Dine", afirma um comunicado, que cita um grupo jihadista do nordeste do país. O texto é assinado por Ali Hamma, porta-voz do FLM, um grupo criado no início do ano e liderado pelo pregador radical Amadou Koufa. O FLM indicou que o ataque foi cometido por um comando de cinco homens: dois morreram e três sobreviveram à ação.
Três pessoas suspeitas de envolvimento no atentado estão sendo procuradas, segundo fontes oficiais. O procurador Samaké afirmou que várias operações foram realizadas em Bamako, mas se recusou a falar de eventuais detenções.