Um objeto "que se parece com um cinto de explosivos" foi encontrado nesta segunda-feira em uma lixeira em Montrouge, na periferia sul de Paris, dez dias depois dos ataques que mataram 130 pessoas na capital francesa, informaram fontes da polícia e ligadas à investigação

"Um cinto que poderia se parecer a um cinto de explosivos foi encontrado no fim da tarde (de segunda-feira) em uma lixeira em Montrouge" (Hauts-de-Seine), declarou uma fonte policial, confirmando a informação noticiada pela rádio pública francesa France Info.

Descoberto por lixeiros, o cinto está sendo analisado "para confirmar se contém explosivos", prosseguiu uma fonte próxima da investigação. Este objeto parece ter a "mesma configuração" que os coletes usados pelos atacantes, acrescentou outra fonte policial.

Salah Abdeslam, irmão de um atacante suicida e suspeito dos ataques, havia sido localizado por telefone na noite dos atentados de 13 de novembro próximo a Montrouge, no município vizinho de Châtillon, informou a fonte próxima à investigação. Francês de 26 anos residente na Bélgica, Salah Abdeslam poderia ser o único autor direto dos ataques ainda vivo.

Caçado ativamente por ter, ao menos, desempenhado um papel logístico no massacre, ele estaria "possivelmente pronto a se fazer explodir", segundo o advogado de um dos dois homens que reconheceram tê-lo infiltrado na Bélgica no dia 14 de novembro.

De acordo com o procurador de Paris, François Molins, que comanda as investigações, os coletes ou cintos explosivos usados pelos suicidas eram compostos "de TATP, pilhas e um detonador na forma de um botão elétrico, assim como de porcas e parafusos para agravar ainda mais o mecanismo e o impacto da explosão".

O TATP é um explosivo "primário, muito volátil, composto de peróxido de acetona", explicou o procurador no dia seguinte aos ataques.

 

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