Dois suspeitos relacionados ao atentado contra o hotel Radisson em Bamako, em 20 de novembro, foram detidos nesta quinta-feira por forças especiais do Mali, informaram à AFP fontes dos serviços de segurança. "Dois suspeitos relacionados ao atentado da semana passada (...) acabam de ser presos, estão sendo interrogados agora", afirmou uma fonte de segurança, que informou que as detenções ocorreram na capital. Outra fonte informou que as detenções foram possíveis graças a "um telefone que falou".
Especialistas franceses e da ONU colaboram na investigação do ataque contra o hotel de Bamako e na busca dos cúmplices dos agressores. Três países vizinhos, Senegal, Mauritânia e Guiné, se associaram ao luto em memória das 19 vítimas do ataque reivindicado por dois grupos jihadistas diferentes. A investigação segue por várias pistas sem quaisquer certezas sobre a nacionalidade dos autores do ataque.
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Segundo grupo jihadista assume responsabilidade por ataque em hotel de MaliMali procura cúmplices de ataque contra hotel de BamakoAtaque no Mali mata dois soldados e um funcionário da ONUAtentado suicida deixa seis mortos no IraqueAtentado suicida em procissão xiita mata 21 pessoas na NigériaAs forças de segurança do Mali, apoiadas por forças especiais francesas, americanas e oficiais da Minusma, libertaram os reféns. O ataque terminou com 21 mortos: 18 clientes, sendo 14 estrangeiros, um policial malinês e os dois criminosos, segundo o governo. A Minusma contabilizou 22 mortos, incluindo dois jihadistas.
O ataque foi reivindicado pelo grupo jihadista Al-Murabitun, liderado pelo argelino Mokhtar Belmokhtar, com a participação da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI).
A reivindicação em árabe, divulgada pelo canal de televisão Al-Jazeera, os identificou como Abdelhakim al-Ansari e Moez al-Ansari. "Al-Ansari" é usado na terminologia jihadista para designar os combatentes autóctones.
Outro grupo jihadista, a Frente de Libertação de Macina (FLM), implantado no centro dp país, também reivindicou o atentado. "A Frente de Libertação de Macina (FLM) reivindica o ataque contra o (hotel) Radisson em Bamako com a colaboração do Ansar Dine", afirma um comunicado, que cita um grupo jihadista do nordeste do país.
O texto é assinado por Ali Hamma, porta-voz do FLM, um grupo criado no início do ano e liderado pelo pregador radical Amadou Koufa. O FLM indicou que o ataque foi cometido por um comando de cinco homens: dois morreram e três sobreviveram à ação.