As forças de segurança francesas usaram gás lacrimogêneo neste domingo em Paris para conter centenas de manifestantes, muitos deles mascarados, que jogaram sapatos e garrafas contra os agentes, durante manifestações contra o aquecimento global, na véspera do início da reunião mundial sobre o clima. O protesto foi convocado em Paris contra a proibição de manifestar-se, à margem da COP21. Os policiais francês prenderam cerca de 100 pessoas
Os manifestantes se reuniram perto da Praça da República, convocados por pequenos grupos "AntiCop21", contrários à conferência do clima da ONU em Paris. Aos gritos de "Ouçam nossas vozes! Estamos aqui!" e "Estado de emergência, Estado policial, não vão tirar nosso direito de manifestação", os ativistas "AntiCOP21" seguiram para a Praça da República, centro da capital. Alguns jogaram sapatos e garrafas contra as forças de segurança. Outros chegaram a jogar uma barreira de metal contra a polícia, que reagiu com gás lacrimogêneo e avançou contra os manifestantes.
Paris se encontra em estado de emergência desde os atentados jihadistas de 13 de novembro, que deixaram 130 mortos. As manifestações foram proibidas na cidade. Ao mesmo tempo, mobilizações em todo o mundo e uma corrente humana em Paris, perto dos locais dos atentados do 13 de novembro, exigiram neste domingo a adoção de um acordo contra o aquecimento global por parte dos 195 países que participam das negociações da COP21.
Milhares de pessoas de todas as idades deram as mãos ao longo de 2 km na avenida Voltaire, na zona leste de Paris, deixando um espaço de 100 metros diante da casa de espetáculos Bataclan. O estabelecimento sofreu o mais letal dos ataques que deixaram 130 mortos na fatídica sexta-feira 13. "Por um clima de paz!", pediam vários cartazes perto do Bataclan.
As manifestações em Paris aconteceram sob um rígido esquema de vigilância policial e, apesar da proibição, atualmente em vigor, da realização de atos públicos na região de Paris. Quase 10.000 homens das forças de segurança foram enviados para a capital para proteger a cidade durante a Conferência da ONU sobre o Clima. Desse efetivo, 2.800 agentes ficarão na sede da COP21, organizada no parque de exposições aeronáuticas Le Bourget.
Para simbolizar a grande marcha que não pôde acontecer, os ativistas deixaram milhares de sapatos na Praça da República e fizeram um cerco à estátua central para tentar evitar que manifestantes mais radicais usassem velas e outros objetos em homenagem às vítimas como "projéteis". Segundo os organizadores, quase quatro toneladas de sapatos foram deixados no local, que se transformou em um memorial das vítimas.
As mobilizações pelo clima vão da Austrália, onde milhares de pessoas saíram às ruas, até o México, incluindo várias cidades de todos os continentes. O objetivo é exigir medidas que impeçam transformações irreversíveis, como secas devastadoras e a elevação do nível dos oceanos. Segundo os estudos de referência, essas mudanças vão ocorrer ao longo deste século, inevitavelmente, se as emissões de gases causadores do efeito estufa se mantiverem em seu nível atual.
COP21 começa na segunda-feira
A partir desta segunda-feira, 30 de novembro, 147 chefes de Estado e de Governo vão participar da cúpula do clima em Le Bourget, ao norte de Paris. O evento reunirá pelo menos 40.000 participantes, entre eles 10.000 delegados de 195 países, além de cientistas, observadores, jornalistas e visitantes.
Barack Obama (Estados Unidos), Xi Jinping (China), Angela Merkel (Alemanha), Dilma Rousseff e Enrique Peña Nieto (México) estão entre os líderes esperados. O objetivo da conferência é limitar o aquecimento a 2ºC em relação à era pré-industrial, reduzindo as emissões poluentes que causam a mudança climática.
Sinal de que o tempo urge para alcançar um acordo antes do fim da conferência em 11 de dezembro, o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, convocou os delegados a se reunirem a partir de domingo, um dia antes do previsto, para começar a preparar as negociações.
Os manifestantes se reuniram perto da Praça da República, convocados por pequenos grupos "AntiCop21", contrários à conferência do clima da ONU em Paris. Aos gritos de "Ouçam nossas vozes! Estamos aqui!" e "Estado de emergência, Estado policial, não vão tirar nosso direito de manifestação", os ativistas "AntiCOP21" seguiram para a Praça da República, centro da capital. Alguns jogaram sapatos e garrafas contra as forças de segurança. Outros chegaram a jogar uma barreira de metal contra a polícia, que reagiu com gás lacrimogêneo e avançou contra os manifestantes.
Paris se encontra em estado de emergência desde os atentados jihadistas de 13 de novembro, que deixaram 130 mortos. As manifestações foram proibidas na cidade. Ao mesmo tempo, mobilizações em todo o mundo e uma corrente humana em Paris, perto dos locais dos atentados do 13 de novembro, exigiram neste domingo a adoção de um acordo contra o aquecimento global por parte dos 195 países que participam das negociações da COP21.
Milhares de pessoas de todas as idades deram as mãos ao longo de 2 km na avenida Voltaire, na zona leste de Paris, deixando um espaço de 100 metros diante da casa de espetáculos Bataclan. O estabelecimento sofreu o mais letal dos ataques que deixaram 130 mortos na fatídica sexta-feira 13. "Por um clima de paz!", pediam vários cartazes perto do Bataclan.
As manifestações em Paris aconteceram sob um rígido esquema de vigilância policial e, apesar da proibição, atualmente em vigor, da realização de atos públicos na região de Paris. Quase 10.000 homens das forças de segurança foram enviados para a capital para proteger a cidade durante a Conferência da ONU sobre o Clima. Desse efetivo, 2.800 agentes ficarão na sede da COP21, organizada no parque de exposições aeronáuticas Le Bourget.
Para simbolizar a grande marcha que não pôde acontecer, os ativistas deixaram milhares de sapatos na Praça da República e fizeram um cerco à estátua central para tentar evitar que manifestantes mais radicais usassem velas e outros objetos em homenagem às vítimas como "projéteis". Segundo os organizadores, quase quatro toneladas de sapatos foram deixados no local, que se transformou em um memorial das vítimas.
As mobilizações pelo clima vão da Austrália, onde milhares de pessoas saíram às ruas, até o México, incluindo várias cidades de todos os continentes. O objetivo é exigir medidas que impeçam transformações irreversíveis, como secas devastadoras e a elevação do nível dos oceanos. Segundo os estudos de referência, essas mudanças vão ocorrer ao longo deste século, inevitavelmente, se as emissões de gases causadores do efeito estufa se mantiverem em seu nível atual.
COP21 começa na segunda-feira
A partir desta segunda-feira, 30 de novembro, 147 chefes de Estado e de Governo vão participar da cúpula do clima em Le Bourget, ao norte de Paris. O evento reunirá pelo menos 40.000 participantes, entre eles 10.000 delegados de 195 países, além de cientistas, observadores, jornalistas e visitantes.
Barack Obama (Estados Unidos), Xi Jinping (China), Angela Merkel (Alemanha), Dilma Rousseff e Enrique Peña Nieto (México) estão entre os líderes esperados. O objetivo da conferência é limitar o aquecimento a 2ºC em relação à era pré-industrial, reduzindo as emissões poluentes que causam a mudança climática.
Sinal de que o tempo urge para alcançar um acordo antes do fim da conferência em 11 de dezembro, o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, convocou os delegados a se reunirem a partir de domingo, um dia antes do previsto, para começar a preparar as negociações.