Mais de 150 líderes do planeta deram início nesta segunda-feira aos trabalhos na conferência climática de Paris, a COP21, respeitando um minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos atentados jihadistas da capital francesa em 13 de novembro passado. "Quero manifestar o reconhecimento do povo francês por todas as demonstrações de amizade recebidas", afirmou o presidente François Hollande ao mencionar os piores ataques sofridos pela França em seu solo desde a II Guerra Mundial.
"A COP21 é uma imensa esperança que não temos o direito de fraudar", declarou Hollande ao inaugurar o evento. "Nunca o que esteve em jogo em uma reunião internacional foi tão importante", disse, acrescentando que "se trata do futuro do planeta". O presidente da COP21, o chanceler francês Laurent Fabius, prometeu uma liderança "imparcial e respeitosa" das deliberações para alcançar um acordo mundial. "O êxito está ao nosso alcance, mas não está conquistado de antemão", advertiu Fabius.
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A cidade de Paris está parcialmente paralisada em função do início da conferência, com os franceses respeitando, aparentemente, as recomendações de não utilizar carros e, na medida do possível, permanecer em suas casas. Várias grandes avenidas estavam fechadas ao trânsito, em particular os acessos do norte que ligam a capital a Le Bourget.
Um trecho das rodovias permaneceu fechado ao trânsito, reservada aos veículos oficiais, assim como a autoestrada A1, que liga a capital a Le Bourget e ao aeroporto internacional de Roissy-Charles de Gaulle.
As autoridades solicitaram aos moradores da região de Paris que não utilizassem os automóveis e, na medida do possível, evitassem os deslocamentos, inclusive nos transportes públicos, gratuitos durante todo o dia. Também pediram às empresas que liberassem os funcionários por um dia. Algumas permitiram o trabalho de casa..