O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira que a cooperação próxima entre os Estados Unidos e a China no tema da mudança climática é vital nos esforços mundiais para desacelerar o aquecimento global, mesmo tendo admitido as persistentes diferenças com o presidente chinês, Xi Jinping, em questões como a segurança cibernética e a marítima.
Em Paris para a conferência climática COP 21, Obama disse que em nenhuma outra área a coordenação com Pequim tem sido mais crítica e gerado mais frutos que na mudança climática. Segundo ele, a liderança de Washington e Pequim levou 180 nações a fazerem seus próprios compromissos para reduzir emissões, antes das conversas de Paris. "Nossa liderança neste assunto tem sido vital", afirmou Obama.
Após o encontro entre Obama e Xi, a Casa Branca disse que Obama pediu que a China cumpra acordos sobre a segurança cibernética feitos durante a visita de Xi aos EUA em setembro. O presidente norte-americano também encorajou Xi a avançar com reformas econômicas que deixem a competição mais justa no mercado chinês.
Xi disse que as preocupações globais tornam ainda mais importante que China e EUA trabalhem juntos. "A economia mundial se recupera lentamente, o terrorismo está em alta e a mudança climática é um grande desafio. Há mais instabilidade e incerteza nas situações internacionais", afirmou o líder chinês.
A reunião entre Obama e Xi no início da conferência climática de Paris foi pensada para ressaltar a necessidade de que todas as nações se unam em um forte compromisso contra a mudança climática. A China emite cerca de 30% de todas as emissões de gases causadores do efeito estufa no mundo e os EUA emitem 16% desse total.
No início do dia, o Departamento do Estado dos EUA anunciou que o país estava comprometendo US$ 51 milhões para um fundo global de ajuda aos países mais pobres para se adaptar à mudança climática. No total, EUA, Alemanha, Canadá, Itália e outros países já anunciaram US$ 248 milhões para esse fundo.