Sopa de nabo, supremo de frango, risoto de ervas aromáticas e Paris-Brest de sobremesa compõem o menu elaborado por cinco grandes chefs franceses para o almoço dos 150 líderes mundiais que participam nesta segunda-feira na cúpula do clima de Paris. "Será um almoço que faz jus à excelência ecológica e excelência gastronômica francesas (...), mas sem ostentação", afirmou o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, que presidirá a Conferência da ONU sobre o clima (COP21), celebrada em Bourget, ao norte de Paris.
As preparações foram feitas com produtos locais, muito dos quais orgânicos, segundo o ministro. Cinco chefs aceitaram o desafio de preparar este almoço, Yannick Alléno (Pavillon Ledoyen, de Paris), Alexandre Gauthier (La Grenouillère, no norte da França), Nicolas Masse (Sources de Caudalie, sudoeste), Marc Veyrat (La Maison des bois, sudeste) e Christelle Brua, chef pâtissière do Pré catelan (nos arredores de Paris).
"O grupo compôs em conjunto o menu, e cada um assumiu uma parte", explicou Fabius. Servido em pratos de porcelana de Sèvres do Palácio do Eliseu, o almoço, que durará menos de uma hora e quinze, inciará com uma sopa "Freneuse moderna e vieiras no vapor floral".
Freneuse, perto de Paris, era a capital do nabo, explicou à AFP Yannick Alléno, três estrelas Michelin. Esta sopa será acompanhada de vieiras da baía do Sena, com um coulis de flores cultivadas em Courances, perto de Paris.
Esta conferência do clima "é um momento histórico", e "é mais apropriado do que nunca falar de produtos locais", declarou o chef, divulgando "uma sopa moderna" preparada com técnicas de cozimento a baixa temperatura que preservam o sabor e nutrientes.
O almoço continua com um frango do norte da França acompanhado de trigo com ervas frescas, "cozido como um risoto", "aipo confitado" e "creme de espinafre". Um queijo da região de Savoy - Reblochon orgânico - será então proposto, logo antes da famosa sobremesa Paris-Brest em formato de roda de bicicleta.
É feito de massa de bomba e recheio de creme de amêndoas. Vinho, champanhe e suco serão servidos. Coordenada pelos chefs do Eliseu e do ministério das Relações Exteriores, a refeição foi transportada de Paris a Bourget. Mas "não há produtos ostentação ou caros. Queremos em primeiro lugar impressionar pela qualidade de nossos chefs", disse Yannick, observando que "a França ainda é admirada por suas qualidades culinárias e por sua arte de receber. "Será uma grande festa", promete.