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Estado de Minas

Entenda que é o SDR, a unidade de conta do FMI


postado em 30/11/2015 18:22

Os Direitos Especiais de Saque (SDR) são, desde 1969, a unidade de conta do Fundo Monetário Internacional (FMI) e servem, entre outras coisas, para determinar os juros dos empréstimos concedidos pela instituição.

Inicialmente, faziam parte do sistema de taxas de câmbio instaurado em 1947 pelos acordos de Bretton Woods e eram usados para respaldar o dólar e o ouro como haveres de reserva.

No entanto, o fim do regime de taxas de câmbio fixas e da conversibilidade do dólar-ouro, no começo dos anos de 1970, retiraram esse papel e reduziram sua importância. Hoje, transformou-se, essencialmente, em uma ferramenta de funcionamento do FMI.

Os SDR não constituem uma moeda e carecem de existência material. Seu valor é calculado em função de uma cesta de divisas que inclui, a partir desta segunda-feira, o iuane chinês (também chamado de renmimbi), que se junta ao dólar, ao euro, à libra esterlina e ao iene.

A ponderação das diferentes moedas é, desde 2010, de 41,9%, para o dólar; 37,4%, para o euro; 11,3%, para a libra esterlina; e 9,4%, para o iene. Esses percentuais são revisados a cada cinco anos. A nova ponderação surgida da incorporação do iuane não foi divulgada hoje pelo FMI.

Cada divisa, integrada ou não à cesta, tem uma taxa de câmbio equivalente em SDR, que é recalculada todos os dias em função dos movimentos nos mercados monetários mundiais.

Além de calcular as taxas de juros sobre os empréstimos, atualmente de 0,05%, os SDR podem ser concedidos pelo FMI aos países-membros para que entrem no cálculo de suas reservas monetárias. Este procedimento é excepcional e foi utilizado apenas em três ocasiões desde 1969: no períodos 1970-1972 e 1979-1981 e em 2009. No total, essas "distribuições" de SDR ultrapassaram 204 bilhões de dólares.

Os países que têm SDR podem usá-los para pagar suas dívidas com o FMI, ou para ajustar suas reservas monetárias.

Nesse caso, o FMI serve de intermediário entre os vendedores e os compradores potenciais e tem, a princípio, a faculdade de obrigar um país a comprar SDR, se um Estado vendedor encontrar um comprador. O objetivo é garantir o bom funcionamento do mercado.


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