A Rússia produziu duas vacinas contra o vírus ebola, anunciou nesta quarta-feira o presidente russo Vladimir Putin - no momento em que a OMS irá declarar o fim da epidemia na África Ocidental que matou mais de 11.000 pessoas.
"Temos uma boa notícia. Patenteamos um medicamento contra a febre ebola que (...) se revelou muito eficaz, mais eficaz até mesmo do que os remédios usados até agora em todo o mundo", declarou Putin, citado pela agência estatal Ria Novosti, durante um conselho de ministros em sua casa perto de Moscou.
Uma das vacinas foi concebida especificamente para as pessoas acometidas com o vírus HIV, "multiplicando por 35 a imunidade celular" do paciente, infirmou durante o conselho a ministra da Saúde, Veronika Skvortsova.
A outra, "única no mundo", permite neutralizar em 100% o vírus e "não existe nada parecido em outro lugar", explicou.
Segundo a ministra, a Guiné, onde a epidemia começou antes de se espalhar para a Libéria e Serra Leoa, encomendou com a Rússia vacinas para o próximo mês. De acordo com ela, o país está "pronto" para atender esta demanda.
Em outubro de 2014, a Rússia anunciou ter criado três vacinas contra o vírus ebola que ainda precisavam ser testadas.
Iniciada em dezembro de 2013 no sul da Guiné, a epidemia de ebola atingiu dez países, e segundo os números oficiais matou 11.315 pessoas de 28.637 casos registrados - um balanço considerado subestimado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Entre as vacinas em curso de elaboração contra o ebola, a VSV-EBOV - desenvolvida pela Agência de Saúde Pública do Canadá e cuja licença é detida pelos laboratórios americanos NewLink Genetics e Merck - foi a primeira a se mostrar eficaz, segundo as revistas médicas.
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