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Estado de Minas

Papa faz visita histórica à Sinagoga de Roma e chama judeus de 'irmãos mais velhos'

Francisco é o terceiro pontífice a visitar o templo na capital italiana, seguindo João Paulo II e Bento XVI. Pontífice aproveitou visita inédita para condenar todas as formas de antissemitismo


postado em 17/01/2016 16:24 / atualizado em 17/01/2016 16:38

(foto: Vicenzo Pinto / AFP PHOTO)
(foto: Vicenzo Pinto / AFP PHOTO)

Em sua primeira visita à Sinagoga de Roma, realizada na tarde deste domingo (17), o papa Francisco declarou que os judeus são os "irmãos e irmãs" mais velhos dos cristãos, usando uma expressão cunhada por João Paulo II durante sua ida ao templo, há 30 anos.

O Pontífice argentino foi recebido no local por uma multidão de romanos e turistas, que aproveitaram para eternizar o histórico momento em fotos e vídeos. Em seu discurso, Jorge Bergoglio arriscou inclusive algumas expressões em hebraico, como "todá rabá" (muito obrigado) e "shalom alechem", cumprimento que significa "a paz sobre vós".

"Vocês são os nossos irmãos e as nossas irmãs mais velhos na fé. Todos pertencemos a uma única família, a família de Deus, o qual nos acompanha e nos protege como seu povo", afirmou Francisco, que também aproveitou a ocasião para condenar todas as formas de "antissemitismo e de injúria, discriminação e perseguição" que derivam do preconceito.

"Conflitos, guerras, violências e injustiças abrem feridas profundas na humanidade e nos chamam a reforçar o empenho pela paz e pela justiça. A violência do homem contra o homem contradiz qualquer religião digna deste nome, principalmente as três grandes religiões monoteístas", acrescentou o Papa, fazendo referência ao cristianismo, islamismo e judaísmo e recebendo aplausos do público.

O Pontífice ainda lembrou do Holocausto e disse que o passado deve servir de aprendizado para o presente e o futuro. "Em 16 de outubro de 1943, mais de mil homens, mulheres e crianças da comunidade judaica de Roma foram deportados para Auschwitz. Seu sofrimento, suas angústias e suas lágrimas não devem nunca ser esquecidos", acrescentou.

Bergoglio é apenas o terceiro Papa a visitar a sinagoga da capital italiana, seguindo os exemplos de João Paulo II e Bento XVI. Sua ida ao templo ocorreu um dia depois de a Abadia da Dormição, na cidade velha de Jerusalém, em Israel, ter sido pichada com frases anticristãs escritas em hebraico e uma espada ensanguentada.


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