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Estado de Minas

Maduro fala com Putin sobre necessidade de estabilizar mercado petroleiro


postado em 22/01/2016 17:25

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, conversou nesta sexta-feira por telefone com o colega russo, Vladimir Putin, com quem, segundo disse, acordou trabalhar em estratégias para enfrentar a queda nos preços do petróleo.

"Não resta dúvidas de que nós vamos defender o mercado. Acordamos com o presidente Vladimir Putin continuar trabalhando em uma visão e um plano comum", disse Maduro em encontro com empresários em Caracas.

O presidente venezuelano destacou ter falado com o contraparte russo durante 20 minutos "sobre a situação do mercado petroleiro" e a "guerra geopolítica" que, em seu julgamento, "a originou".

Ao mencionar que a cesta petroleira venezuelana chegou nesta sexta-feira aos US$ 21,50 o barril, Maduro comentou ter dito a Putin que quase nenhum país ou empresa podem "sustentar estes preços".

Neste sentido, manifestou que a Venezuela está trabalhando com membros da Opep, aos quais propôs na semana passada uma reunião extraordinária em fevereiro para tentar conter a queda da cotação.

"Estamos trabalhando com os países exportadores da Opep, alguns deles estão percebendo que inundaram o mercado petroleiro, estão acordando para esta situação", afirmou Maduro, denominando de "suicida" e "irresponsável" esta política de alguns integrantes do cartel.

O presidente venezuelano assegurou que manterá estes esforços "até que abramos a porta da estabilização e recuperação do mercado".

Há mais de um ano, a Venezuela mobiliza infrutíferas negociações entre produtores de petróleo dentro e fora da Opep, buscando costurar uma estratégia para deter a queda dos preços.

O país caribenho, que conta com as maiores reservas provadas de petróleo do mundo e produz 2,65 milhões de barris por dia, segundo dados da Opep, tem uma altíssima dependência do combustível, do qual obtém 96% de suas divisas.

A queda dos preços acentuou a grave crise econômica na Venezuela, com uma inflação de 108,7% e uma contração do PIB de 4,5% entre janeiro e setembro de 2015 (oficial), assim como um déficit fiscal próximo dos 20% para o ano passado e uma escassez superior aos dois terços dos itens básicos.


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