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Estado de Minas

Polinésia Francesa não usou larvicida que causaria microcefalia


postado em 16/02/2016 15:07

O larvicida que segundo investigadores argentinos causaria microcefalia em fetos humanos nunca foi utilizado na Polinésia, afirmou nesta terça-feira à AFP o centro de higiene e salubridade de Papeete, na Polinésia Francesa.

Os pesquisadores argentinos sugerem um vínculo entre as microcefalias e o piriproxifen, um inibidor de crescimento que impede que os mosquitos cheguem à idade adulta. Este produto foi utilizado no Brasil, onde foram registrados cerca de 4.000 casos de microcefalias.

A Polinésia Francesa usou um insecticida durante as epidemias de zika, mas se tratava da deltametrina, e não do piriproxifen.

"Usamos o temephos e o BTI como larvicidas em água parada, e sprays de deltametrina para combater o mosquito adulto", disse à AFP Glenda Mélix, chefe do Centro de Higiene e Saúde Pública na Polinésia Francesa.

"A deltametrina é utilizada há décadas na Ilha da Reunião, na Martinica, em Guadalupe e na Nova Caledônia na luta contra o mosquito, sem nunca ter sido associada a anormalidades em seres humanos", disse.

A eliminação das larvas ou do mosquito é o meio mais utilizado para combater a epidemia de zika.

Mélix garante que esses produtos também são usados contra outros vírus transmitidos por mosquitos, como a dengue e o Chikungunya. O aumento de casos de microcefalia na Polinésia foi constatado a partir da epidemia de zika.

O zika afetou pelo menos 60% da população polinésia durante a epidemia de 2013-2014, de acordo com autoridades locais. Causou 42 síndromes de Guillain-Barré, o que gera uma paralisia mais ou menos reversível. É suspeito de ser associado a 18 casos de malformações fetais, dos quais 10 a 12 são microcefalia, contra 1 a 2 por ano em épocas normais.

"O zika é agora a hipótese mais séria para explicar as microcefalias", disse um médico especialista em zika na Polinésia, que não quis ser identificado antes de ler o estudo argentino.

As autoridades nacionais e locais de saúde estão trabalhando em conjunto para monitorar as possíveis consequências do vírus nesta área, uma das primeiras a ter epidemia de zika.


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