Perto das 10h (de Brasília), a ação da Apple subia 0,22% no pré-mercado em Nova York.
A determinação judicial é um episódio crucial na disputa entre Washington e as empresas do Vale do Silício em relação à privacidade e à segurança. Em sua decisão, a magistrada Sheri Pym concordou com um pedido do Departamento de Justiça para que a Apple ajude a destravar o iPhone 5C usado por Syed Rizwan Farook. A decisão pede que a companhia desabilite certas medidas de segurança do aparelho, entre elas a que impede permanentemente o acesso após dez tentativas sem sucesso de acertar a senha. Essas medidas de segurança impediram que agentes tivessem acesso às informações do telefone.
A Apple disse que tem cooperado com o FBI na investigação. Segundo a companhia, o governo quer na verdade criar uma nova versão de seu software do iPhone, que burle importantes medidas de segurança. Cook escreveu que a decisão pede à companhia "algo que simplesmente não temos e algo que consideramos muito perigoso de criar". Segundo o texto, o governo dos EUA pede que a Apple atue como um hacker de seus próprios usuários e mine décadas de avanços de segurança para proteger seus clientes.
A Apple disse que não questiona as intenções do FBI no caso, mas avalia que o governo exagerou nas demandas. Em sua decisão, a juíza deu à empresa cinco dias para entrar com uma apelação. .