2015 bateu recorde de ano mais quente do planeta, mas 2016 poderá ser ainda pior. De acordo com dados divulgados esta semana pela Nasa, janeiro de 2016 bateu o recorde de temperatura e foi 1,13ºC mais quente do que a média histórica entre os anos de 1951-1980. O período é usado como parâmetro para medir as temperaturas.
A previsão é que a temperatura média global será 1,14 grau Celsius acima da observada antes da Revolução Industrial, aumentando o desafio de restringir o avanço dos termômetros a menos de 1,5 grau Celsius, como determina o Acordo de Paris, assinado no ano passado, na Conferência do Clima (COP-21).
Segundo os especialistas, o número alto nos termômetros teve como uma "pequena contribuição" a atuação do fenômeno natural "El Niño", que esquenta as águas do Oceano Pacífico.
Em entrevista ao "Sydney Morning Herald", o especialista do Instituto Potsdam, Stefan Rahmstorf, afirmou que o fenômeno climático pode causar um aumento máximo de 0,2 graus centígrados, enquanto "mais de 80% da elevação é causada pelo aquecimento global". Segundo ele, o "El Niño" tende a perder força nos próximos meses, mas as temperaturas devem seguir altas "até que nós não elimenos o consumo de combustíveis fósseis".